Capítulo 30

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Ana Luiza 💋

Saí da casa da minha irmã meio desnorteada ao saber da carta, eu não fazia idéia do que minha mãe havia escrito nesse pedaço de papel, mas minha única certeza é que eu não tava pronta pra ler, pelo menos não nesse momento. Algo tava me dizendo que isso mudaria minha vida, afinal minha mãe não iria pedir para minha irmã guardar essa carta durante quatro anos.

Respirei fundo tentando controlar a minha vontade de chorar e balencei a cabeça me obrigando a se dispersar temporariamente desses pensamentos.

Segurei a alça da mochila e decidi passar no mercadinho do seu Manoel, tenho certeza que lá iria me distrair um pouco. Desci a ladeira e caminhei de cabeça baixa cantarolando poesia 13 na minha cabeça, sinto um corpo ser trombado com o meu e olho para cima encarando a pessoa.

era uma morena, ela tinha o cabelo preto bem liso, várias sardas no rosto, um piercing no lábio inferior e em seu braço havia algumas tatuagens, a mulher era linda.

— Ai meu deus... Desculpa mona, eu juro que não vi você! — falou tudo embolado e eu dei risada.

— Ei respira! Tá tudo bem, eu também não tinha visto você. — dei um sorriso.

— É que eu tô na correria, tenho que abrir meu salão e tô mega atrasada. — se explicou.

- Espera, você é a dona do salão que tem aqui no morro? — perguntei desacreditada.

- Eu sou sim, não vai me dizer que agendou algo pra agora de manhã? — perguntou em tom de súplica.

- Não, é que o Gu...Matarazzo. — me corrigi a tempo de não revelar o nome dele — Me falou que tinha conseguindo uma vaga para eu trabalhar no seu salão. — falei e ela arqueou as sombrancelhas.

— Então você é a mulher dele? — perguntou surpresa — Meu deus mona, eu vou adorar trabalhar com você. — bateu palminhas.

— Sim eu sou! — dei risada com a sua reação dela — Muito obrigada, espero não te decepcionar. — brinquei e ela negou com a cabeça.

— Que nada, o que você não souber eu faço questão de ensinar, tudo na vida é questão de aprendizado. — deu um sorriso.

— A corna mansa já fez uma nova amiga?

Escuto uma voz desconhecida e vejo a mulher na minha frente revirar os olhos, olho para trás afim de saber quem havia feito o comentário indelicado.

— Não é da sua conta, me deixa em paz Estefane! — a mulher suspirou.

— Eu vou deixar só porque tô indo agora mesmo sentar pro seu namorado, prioridades priminha. — debochou e a mulher a minha frente pareceu se abalar um pouco.

— Eu no seu lugar teria vergonha de pegar homem casado, você não enxerga que é só um lanche pra ele? Enquanto você tá aí se achando por tá nesse cargo foi ela quem ele assumiu. — apontei pra mulher ao meu lado que deu um sorriso na mesma hora.

— Quem você pensa que é pra falar assim comigo? — se aproximou me fuzilando com os olhos.

—CEstefane para de procurar confusão e vai embora por favor. — a mulher se meteu.

— Relaxa, eu faço questão de responder sua prima! — olho para tal Estefane — Eu sou a Ana Luiza, Analu para os íntimos e agora o meu preferido, mulher do chefe! — debochei e ela ficou branca na mesma hora.

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