Capítulo 6

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      Chegando ao estacionamento, o Metamorfo desligou o carro e o som do rádio

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      Chegando ao estacionamento, o Metamorfo desligou o carro e o som do rádio. Tirou a chave da ignição e verificou a carteira no bolso da calça. Saiu do carro fechando a porta e acionando o alarme. Caminhou tranquilamente até a porta do supermercado. Essa se abriu, revelando uma diversidade em produtos que só um mercado grande proporciona.

      Pegou um carrinho próximo a esteira e seguiu andando pelos corredores. Quando achava algo de seu agrado colocava dentro dele e seguia para próxima prateleira. Andando por todo mercado. Pegou produtos de limpeza, comida, verduras e frutas. E também vinho tinto e branco. Passou no corredor de doces e levou algumas variedades. Passou na padaria, comprou pães e uma torta fresca. Sempre gentil e cortez, chamava atenção das mulheres pela sua roupa social e boa aparência. Gostava disso.

      Chegando ao caixa, sorriu ao passar o cartão de crédito do falecido Charles Dikens, com um limite extraordinário. Pagou suas compras e voltou para o estacionamento com o carrinho de compras. Destravou o carro e colocou as sacolas com compras na parte de trás dos bancos. Levou de volta o carrinho à área do estacionamento reservada justamente para eles.

Voltou ao carro, dando partida.


"Será que Kelly ainda está acordada? Talvez esteja me esperando. Ou talvez, esteja tentando fugir. Ai dela se tentar." - Começou a ficar nervoso pensando diversas teorias em sua mente agitada.

     Dirigindo com pressa, trocou a rádio para uma música clássica. O ritmo ajudou a acalmá-lo de suas ideias sobre o que Kelly estaria fazendo. Fazia duas horas desde que saiu de casa. Daria tempo suficiente para ela planejar uma fuga. Tentou controlar seus sentimentos conflituosos, mas estava difícil.

"Esse tempo será uma prova. Vamos ver o que ela faz quando não tem tarefas, ou seja, tem tempo livre. Se ela fugir, não me responsabilizarei por atacá-la! Não, não posso mata-la. Ainda não. Ela ainda é util." - Pensou com uma mistura de maldade e malícia.

"Só espero não ter que tomar uma atitude caso ela tenha tentado fugir. Francamente, ela me deixa louco." - Pensou ele, assumindo a si mesmo que ela o afetava.


     Ouvindo Mozart na rádio, ele suspirava lembrando do corpo da mulher que ele havia aprisionado na casa. Não queria admitir, mas gostaria de poder confiar nela, deixá-la sair para respirar um ar fresco. Ou até mesmo ir com ele ao mercado. Mas ela ainda se mostrava contrariada e agressiva. Fazia dois dias que ele havia contado que não era seu marido. Que era uma criatura perversa e tinha comido Charles Dickens.

    Ela de início não acreditou, mas quando a ficha caiu ficou perplexa. Um ódio que nunca vira nela apareceu. O lado humano quando está em êxtase era surpreendente. A verdade era que tinha se arrependido de dizer. Devia ter se calado. Agora ela era quieta e tinha medo dele. Isso só o deixava mais irado. E com fome.

A prisioneira do Metamorfo - Livro 1Where stories live. Discover now