Capítulo 75

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      Onze semanas se passaram desde aquela noite, Kelly e Hugo estavam dentro do carro, indo em direção a cidade de Marrone para mais uma consultada médica de Kelly, porém essa era especial e muito esperada

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      Onze semanas se passaram desde aquela noite, Kelly e Hugo estavam dentro do carro, indo em direção a cidade de Marrone para mais uma consultada médica de Kelly, porém essa era especial e muito esperada. Eles iriam fazer uma ultrassonografia, tentariam descobrir o sexo do bebê.

        No rádio do carro, tocava uma música mais alto astral e que de certa forma significava um pouco do que a Híbrida sentia. O Metamorfo dirigia, ele tinha cabelos negros como a noite, olhos azuis e havia parado de usar terno. Substituiu o traje formal por calças jeans, camiseta preta e jaqueta de couro. Isso era influência de seus amigos do bar de motoqueiros, onde ele ia todos os dias. Kelly adorou seu novo visual e comentou que ficava bem, embora ela ainda estranhasse. Hugo nem sempre deixava o terno, ele era muito sofisticado em suas caçadas e detestava usar jeans para matar suas vítimas, porque era certo que o jeans iria para o lixo. Ao contrário de seus ternos que era só tingir de preto ou cinza.


        Pequenas coisas haviam mudado desde então, mas eles ainda eram os mesmos. Hugo continuava romântico, gostava de beber vinho e ouvir Jazz. Assistiam filmes e ficavam agarrados no sofá, comendo besteiras. Mas todas as manhãs, eles faziam uma caminhada pela floresta a fim de fazer a futura mamãe se exercitar.

       Agora ela estava de quase cinco meses e sua barriga estava bem arredondada. Ela tinha ganhado treze quilos e embora Hugo dissesse que ela ficava linda com aquela bolinha na barriga, ela já sentia os efeitos. Dores nas costas, vontade constante de ficar sentada ou dormindo. Ela estava linda, sua pele bem cuidada, pois abusava de cremes e seu cabelo sempre cheio de vida. Estava fazendo um esforço maior para comer mais legumes e frutas, diminuindo os doces e guloseimas, mas era uma tentação.


       Chegando na cidade, Hugo fez o caminho de sempre indo para a maternidade. Estacionou pouco depois em uma vaga livre e eles desceram. Ele a acompanhou pelo hospital e deixou-a no banheiro, indo fazer o de sempre: Pegar bolsas de sangue. Mesmo sendo uma maternidade, havia um setor de doação de sangue e transfusão. Ele ia até lá com sua mochila e dentro dela, levava somente a caixa térmica. Passando pelos corredores, ele seguiu o caminho que conhecia tão bem. Chegando no lugar esperado, ele entrou passando um cartão que falsificou. Lá dentro era bem frio. Ele não tardou e pegou logo trinta bolsas de sangue. Era o suficiente para ela beber uma por dia, para se sentir forte e não ter fome.


     A Híbrida saiu do banheiro e esperou sua vez de ser chamada. Nisso, Hugo saia do freezer e foi pego pelo segurança, mas fugiu a tempo. Por sua vez, teve que usar as escadas de emergência e desceu até o estacionamento. O segurança não lhe seguia, mas ele sabia exatamente para onde ir.

      Deixou a caixa térmica no carro e voltou com a mochila, jogando dentro um casaco. Fechou o carro e voltou onde tinham câmeras. Pois as outras que podia ver seu carro ele havia quebrado.

A prisioneira do Metamorfo - Livro 1Where stories live. Discover now