Capítulo 57

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       Passando pela porta de desembarque, Hugo percebeu uma mulher à sua espera acenando alegremente ao lado do marido

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       Passando pela porta de desembarque, Hugo percebeu uma mulher à sua espera acenando alegremente ao lado do marido. Era a família de Charles Dickens. Ele fingiu um sorriso e se uniu a eles, entrando no personagem. A mulher o abraçou forte, enquanto o homem ao seu lado pegou sua mala.

- Como você está bonito, meu filho! Está forte. - Comentou ela dando risinho e apertando seus braços.

- Oi filho, como foi a viagem? - Perguntou ele dando um abraço forçado e esticando a mão para um aperto.

- Foi tranquilo, mas é um horror viajar. Muito desconfortável. - Reclamou ele.

- Por que não pegou um avião mais reservado?

- Não havia necessidade. Vamos para casa? - Disse ele sorrindo para a mulher que estava empolgadíssima.

- Claro, vamos sim. - Disse ela, agarrada ao seu braço.


        Depois do caminho longo de carro e respondendo as perguntas chatas da mulher, ele finalmente conseguiu calá-la após responder que ele estava bem com o divórcio. Chegando na casa do casal, ele se surpreendeu com a imensidão da mansão. Eles eram realmente ricos e exagerados. Descendo do BMW, ele pegou sua mala no porta-malas. Depois lhes acompanhou a caminho da casa.

        O jardim era muito bem cuidado, com uma imensa fonte, rosas e demais arbustos em formatos de animais. Ela era branca, imensa por fora e com janelas de vidro. Havia no mínimo oito janelas só em baixo e em cima ele nem teve tempo de contar. A entrada era elegante, com um vaso de flor e portas de dois lados que puxam por fora.

- Bem-vindo de volta, filho. - Disse a mulher chamada Vera.

- Obrigado, mãe. - Agradeceu ele fingindo se importar.


       Do lado de dentro, a casa não poupava em exageros e extravagâncias. Ele se recordava da época em que era humano, as diversas casas com mulheres que ele conhecia e saía. Tapete com pele e cabeça de urso. Era falso, porque ele saberia de longe se era verdadeiro, afinal ele era um Metamorfo e era sua experiência lidar com peles humanas e animais. Ele adorava taxidermia.

       Seus olhos fitavam o hall de entrada que era imenso. As escadas que subiam ao segundo andar, provavelmente seriam dos quartos. Conforme Vera falava e falava, ele ficava atento a cada detalhe que tinha visto. Haviam boatos entre caçadores e lendas que a prata matava Metamorfos, mas era mentira. Só o cobre era capaz de matar, mas tinha que ser puro cobre.


- Querido, está me ouvindo? - Repetiu ela o observando com cara de preocupação.

- Desculpe mãe, só que fazia muito tempo que não vinha. Estava com saudades de casa. - Disse Hugo.

- Oh, querido! - Ela o abraçou forte, comovida pela falsa interpretação deste.

- Vera, deixe o rapaz subir e tomar um banho. Ele deve estar cansado. - Disse o pai, Tenório.

A prisioneira do Metamorfo - Livro 1Where stories live. Discover now