Capítulo 17

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     Voltaram pelo mesmo caminho que vieram, sem conversar

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     Voltaram pelo mesmo caminho que vieram, sem conversar. Não era um silêncio incômodo, mas reconfortante. Estava tarde, a moça se sentia cansada e sonolenta. Antes de entrar, ele foi até o carro pegar as compras. Kelly abria a casa enquanto ele segurava as compras. Entrando em casa, o Metamorfo soltou as compras na mesa e trancou tudo. Suspirou do tédio que dominava Kelly. Ela queria fazer alguma coisa, apesar de cansada ainda tinha energias.

- Quer ver um filme? - Ele perguntou, ao perceber que ela não vai foi para o quarto.

- Qual seria? - Perguntou ela, achando que sabia a resposta. Achava que era mais um da coletânea de terror.

- O que você escolheu. Que tal? - Sugeriu ele, começando a guardar as compras.

- Se você quiser... - Falou ela, ajudando a guardar as compras.


      Eles arrumaram o armário de compras, ela guardou as demais coisas e com carinho, deixou os dois livros no quarto, junto das suas roupas. Quando ela voltou para sala, ele estava fazendo pipoca. O cheirinho de açúcar queimando e de pipoca estourando se misturavam no ar. Ela chegou de mansinho, perguntando se ele queria ajuda. Ele disse que não, que estava tudo tranquilo. Ela sentou-se no sofá, esperando por ele.

      Não demorou para ele se juntar a ela, trazendo uma bacia de pipoca doce. Sentou-se confortável no sofá de três lugares, ficando na ponta e ela na outra, restando um espaço entre eles no meio, para bacia. Kelly levantou e buscou uma lata de refrigerante para ela e outra para ele. Hugo agradeceu e ligou a televisão, colocando o filme. Então eles começaram a comer.


      Conforme assistiam, ela fazia comentários sobre os atores que reconhecia, falava algo como: "Beija ela logo!" ou "Para de chorar e reage menina!". Mas em um momento, as mãos deles se tocaram, quando ambos pegaram pipoca na travessa. Uma sensação incomum de vergonha os deixou desconfortáveis.

- Pode pegar. - Disse ele.

- Não, pega você. Eu estou bem. - Respondeu ela automático, querendo que ele pegasse logo para ela pegar pipoca também.

- Pega você. - Respondeu ele, gentil.

- Não, sério, estou legal. - Respondeu ela encarando a tela da televisão.


     Mas outra vez eles se tocaram. Aquela sensação do toque dele a fazia tremer. Já fazia tanto tempo que ele não a tocava, exceto quando era cavaleiro. Ela sentia falta da intimidade que tinham, dos beijos e de todo ato em si. Ele pensava o mesmo, desejando desesperadamente beijá-la. Mas ambos não deixavam de lado suas diferenças. O clima ainda era estranho, mas eles continuaram assistindo e conversando.

      Em algum momento no meio do filme, Kelly adormeceu, encolhida no sofá. Hugo a olhava dormir. Não queria mexer nela, mas achou melhor levá-la até a cama. Lá ela dormiria melhor. Ele precisaria encontrar um jeito, mas amanhã pensaria o que faria sobre a cama e eles.

     Pegou-a com cuidado, como se ela fosse uma joia feita de cristal, se ele não tomasse cuidado ela cairia ou acordaria pensando coisas erradas. Ele partiria seu coração. E isso ele nunca mais queria fazer. Ele só queria cuidar dela, protegê-la de todo mal, inclusive dele mesmo. Sabia que o mais certo era deixá-la ir, mas era egoísta demais para o fazer.

      Levou-a até o quarto deles, deitou-a na cama com calma, apreciando a sensação boa que era ela estar em seus braços outra vez. Ele queria poder fazer isso todas a noites, mas era algo fora de cogitação. Ao menos, por enquanto. Tirou seus sapatos e o casaco de couro. Cobriu-a com as cobertas, dando uma boa olhada na moça dormindo. Ele queria poder deitar ao seu lado, abraçá-la e senti-la respirar no seu peito. Sentiu-se um idiota por ter estragado tudo.


     Lembrou do presente que ele deu a ela e essa esqueceu no carro. Voltou até o carro, buscando o pequeno presente. Abriu a porta do carro e o pegou como se fosse um pedacinho do céu. Esperava que ela gostasse. Não era um presente de segundas intenções, era só um presente para alguém especial. Afinal, era isso que pessoas comuns faziam. Ele se lembrava de presentear as poucas pessoas que tinha por perto na época que era apenas um humano.

      Voltou para casa, trancando tudo depois de entrar. Foi até o quarto principal, deixou o embrulho na cabeceira junto do relógio. Tirou do bolso do casaco o chocolate e a tiara que ela tinha gostado. Deixou ali, esperando que ela gostasse. Antes de ir, deu um beijo em sua testa dizendo:

- Boa noite, querida e doce Kelly. Desculpe, por tudo.

     Saiu do quarto, apagando as luzes. Arrumou a cozinha, lavando as panelas, a bacia e jogando no lixo as latas de refrigerante. Desligou a televisão e foi até o quarto que ele mantinha sempre trancado. Pegou as chaves e destrancou a porta, se trancando no lado de dentro. De pé, escorado na porta ele pensava em Kelly. As noites em que eles passaram juntos, seu perfume, sua pele macia e seus gemidos. Aquilo fez com que ele sentisse raiva. De tudo e principalmente dele mesmo.

      Uma música tocou em seu pensamento, o fazendorelembrar com aperto no peito as noites em que ele se apaixonou por aquela mulher.Kelly o deixava mais doido do que era de fato. A verdade era que ele queria sernormal, queria fazê-la feliz e ficar com ela para sempre. Mas havia uma partedele que o impediria para sempre de ser o cara que ela merecia.

Música: Matthew Koma- Suitcase

  "Eu não sei mais o que é o amor. Talvez nunca tenha sabido que porra é esse sentimento. Apenas queria me libertar dessa merda de sentimento que me aprisiona e machuca. Droga, doí amar!" - Pensava o Metamorfo sentando-se na mesa de madeira que um dia ele usou para ajudar Kelly, para salvá-la depois de ter feito ela querer desistir de tudo.

"Eu sou um merda! Ela nunca vai sentir o mesmo por mim. Ela tem medo de mim, vejo isso nos olhos dela cada vez que a toco." - Pensava Hugo, ficando deprimido, com raiva e ódio ao mesmo tempo.


      Ele tentava ser forte, mas no fundo era apenas um cara sozinho. Um cara que perdeu tudo e que sempre se contentou com o pouco amor que tinha, o dinheiro sempre pagava pelo conforto, pelas melhores mulheres. Mas ele se sentia vazio a maior parte do tempo, até que ele foi transformado em Metamorfo e achava que tinha encontrado algo para preencher esse vazio.

      Mas ele sabia que estava se enganando. A única forma de amar e ser amado, era ser merecedor do amor. Não conteve a saudades que tinha de estar com Kelly antes dele estragar tudo. Chorou, em tantos anos, ele chorou de verdade. Por tristeza e receio. Medo dela deixá-lo. Pois sabia no fundo que um dia ele ia ter que deixá-la ir. Deitou na mesa dura, adormecendo ao lembrar-se de uma música que dizia mais dele do que podia assumir.


Música- Jeremy Zucker- IDK love

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Olha eu aqui outra vez! 

Como estão na leitura? 

Gostando das mudanças no comportamento do nosso Metamorfo perigoso? 

Mas até que ponto ele conseguirá mudar? 

Para saber, só continuando lendo. ( Hehehehe) 

Até o próximo capítulo pessoal. 

Bjocas da Bruxa! 

A prisioneira do Metamorfo - Livro 1Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang