Capítulo 50

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      Kelly estava se transformando em Lobisomem

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      Kelly estava se transformando em Lobisomem. Ela não estava entendendo o que estava acontecendo, mas ela já tinha sido mordida e a maldição estava nela. Quando ela matasse alguém, humano ou não, ela se transformaria. Agora ela passava pela sua primeira transformação. Era a mais dolorosa por ser estranho a pessoa e também porque os caninos crescem pela primeira vez, nas demais só apareceriam.

        Enquanto ela rasgava sua pele, gritando de dor e uivando para lua, o Metamorfo estava inconsciente. Ela estava quebrando todos os seus ossos e retorcendo sua coluna, para uma vértebra curva de animal. Seus dedos estavam sendo substituídos por patas e garras. Seu cabelo caia e seus olhos ficavam maiores. Sua boca se rasgava e seus dentes cresciam se tornando presas.

      Quando a transformação ficou completa, no chão restavam as roupas rasgadas, os cabelos de Kelly, unhas e em seu lugar na forma humana, uma loba extremamente grande. Ela uivou para lua e percebeu que estava diferente. Contudo, ela tinha consciência de seus atos e por isso não atacou Hugo.

     Foi até ele e se deitou ao seu lado. Passava a cabeça na dele e o lambia, tentando acordá-lo. Esse não se moveu, porém Kelly ficou ali esperando ele recobrar a consciência e adormeceu. Pouco depois, Hugo acordou tonto e sentiu algo quente em seu colo. Viu uma quantia enorme de pelo e quase berrou ao perceber que era um lobisomem.


      O Metamorfo se levantou bruscamente e a lobisomem acordou. Hugo começou a gritar assustado por ver as roupas, cabelo e unhas de Kelly. Partiu para cima da loba, mas essa fugia. O Metamorfo não entendeu por que a loba não o atacava e ficava na retaguarda. Decidiu fazer a coisa mais bizarra:

- Você comeu ela? - Perguntou, mostrando as roupas.


     O Lobo balançou a cabeça, ficando parado ao longe.

- Você a matou? - Perguntou outra vez e o animal repetiu o gesto de negação com a cabeça.

- É você? Kelly? - Perguntou se aproximando de mansinho.


     Hugo foi andando em direção a Lobisomem, receoso. Essa não se mexia, sentada à espera. O Metamorfo foi até ela, passou sua mão no pelo macio e castanho escuro. O animal parecia estar chorando e Hugo a acariciou, se sentando ao lado dela. Ele começou a falar com a loba como se fosse a Kelly e parte dele acreditava que fosse. O único jeito era esperar o dia amanhecer para ela voltar à forma humana.

- Vamos subir? Estou com fome. Acho que você também... - Falou ele indo para as escadas com Kelly atrás dele em forma de Loba.


        Hugo subiu as escadas e esperou a Loba subir também para fechar a porta. Enquanto ele colocava uma música de jazz para tocar, preparava algo para comer. Kelly se deitou no tapete da sala e ali ficou, quietinha observando cada movimento de Hugo na cozinha. Ele fazia uma carne de panela, fritava ovos e bacon em frigideiras enormes. Depois fez uma panelada de arroz com milho, ervilha e uvas passas como sabia que Kelly gostava. Depois de tudo pronto, botou a mesa e se sentiu estranho em ter que fazer o prato dela.

- Acho que vou comer aí com você. - Disse ele, fazendo uma travessa grande com arroz, ovos, bacon e carne.


      Ele deixou a travessa na frente da Loba que devorou logo em seguida. De volta à mesa, ele fez um prato para ele. Mas quando menos esperou, a Loba estava ao seu lado segurando a travessa com a boca. Hugo a pegou e encheu outra vez de comida. Colocou em cima da cadeira e a loba começou a comer enquanto ele estava na mesa comendo também.

- Bom apetite, meu amor. - Falou ele vendo que o animal tentava comer mais devagar.


      Depois de terem devorado tudo, Hugo tirou a mesa, lavou a louça e deu uma geral na cozinha. Kelly ficou quietinha no tapete da sala onde adormeceu. Quando Hugo terminou de limpar tudo, percebeu que a Loba dormia tranquila. Aliviado por estar tudo bem, entrou no seu quarto indo para o banheiro.


       Ao entrar no banheiro, lavou o rosto repensando o dia complicado que teve. Ele precisava ficar mais atento a sua casa para aquilo não acontecer outra vez. Despiu-se, ficando todo nu. Entrou no box e ligou o chuveiro. Preferiu só ficar no chuveiro, sem encher a banheira. Entrou debaixo da água molhando o cabelo que estava crescendo.

      A água quente descia pelo seu corpo, deixando-o molhado. Pelo ralo, ia o suor de uma noite agitada e distraído limpando o corpo, alguém entrou no box. Era ela, sua amada. Estava toda nua e o beijou na boca com desejo. Ele entrelaçou seu corpo ao dela e correspondeu ao beijo.


- Estava com saudades. - Disse ela o abraçando depois que terminou o beijo.

- Eu também estava. Como está se sentindo?

- Bem, a propósito obrigada pelo jantar. Estava gostoso. - Falou ela o beijando outra vez.


- Então, você é uma lobisomem... - Falou ele.

- Sim, mas eu consigo entender você perfeitamente, só não consigo falar. - Explicou ela.

- Tudo bem, acho que já é um grande passo por você não me matar.

- Eu nunca mataria você, amor. - Disse ela entrando na água.

- Que bom, fico feliz. - Falou ele se sentindo aliviado.

- Mas eu não fui mordida...

- Bem, hoje não, mas aquela vez... - Ele a relembrou.

- É verdade. Mas por que não me transformei aquela vez? - Ela estava confusa.

- Porque você não tinha matado ninguém. - Ele entendeu o que havia acontecido agora.

- Eu matei Camile.

- Mas foi antes dela te morder, então tecnicamente não matou depois de ser mordida. - Explicou ele.

- Faz sentido.

- Sim. Mas e meu bebê, está bem?

- Acredito que sim. - Riu ela, lembrando que estava grávida.

- Agora dorme meu amor, porque papai e mamãe vão namorar um pouco. - Disse ele fazendo carinho na barriguinha lisa dela. Nem parecia grávida.

- Opa, eu vou adorar namorar. - Disse ela se abaixando, masturbando seu membro.


     Eles mataram a saudade que estavam de seus corpos, fazendo sexo no banho e depois continuaram na cama por um bom tempo. Nus, eles adormeceram agarradinhos na cama, se sentindo aliviados, porque no final tudo ficou bem. Embora agora Kelly fosse um Lobisomem, isso não era um problema, pois entenderam que os lobos compreendem os humanos. Assim, eles não se preocuparam com nada além de se amarem e mostrarem um ao outro o quanto se amam intensamente.

  

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Oi amores! Tudo tranquilo? 

Hehehe, chegamos na metade do livro! Passou rápido não é mesmo? 

Mas não se preocupa, que ainda está longe de acabar. 

Vou escrever o próximo capítulo e postar ainda hoje, então até breve criaturinhas místicas e Sephts! 

Não esquecem de votar, comentar e compartilhar a história com seus amigos e amigas. 

Bjocassss da Bruxa! 


A prisioneira do Metamorfo - Livro 1Where stories live. Discover now