Capítulo 46

1.2K 110 7
                                    

       Esboçando sua cara de tesão pré-caça, o Metamorfo estava afiando uma de suas facas favoritas

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

       Esboçando sua cara de tesão pré-caça, o Metamorfo estava afiando uma de suas facas favoritas. Diferente da que ele sempre levava, essa era maior, tinha dentes na parte da lâmina e o cabo era esculpido em madeira. Colocando-a contra a luz, percebia o quanto essa brilhava.

"Perfeito, agora vou me trocar." - Pensou ele, subindo as escadas do porão, levando no bolso do casaco sua arma carregada com balas de prata e comuns.

       Na sala, ele tomou um bom copo de água gelada, deixando a garganta molhada. Sabia que Kelly ainda estava dormindo, talvez ela acorda-se dali duas ou três horas. Não teria muito tempo. Mas daria um jeito de ser divertido.


      Trancou a porta por fora, se sentindo mais tranquilo. Afinal, se ele não estava, ela se tornaria presa fácil para qualquer criatura que andasse pela floresta. Na garagem, que na verdade virou um depósito de madeiras e ferramentas comuns de marcenaria, ele foi até os fundos, acendendo uma luz do lugar.

"Tenho que fechar isso, ou talvez fazer um galpão para colocar tudo isso. Seria uma boa, daria para guardar o carro aqui." - Pensou ele, indo até a parede falsa onde ele tinha guardado um certo dia, uma certa roupa.


"Aqui está" - Pensou ele, pegando a fantasia manchada de vermelho de sangue e que fedia a carne podre.

"Que droga, não vai dar para usar." - Pensou ele, segurando a fantasia de coelho branco.


      Levou lá fora, junto de alguns tocos de madeira. Estava frio, dificilmente conseguiria fazer fogo. Pegou uma lata de tinta vazia que viu ao longe, trouxe até as madeiras e colocou em cima. Jogou a roupa dentro e foi até a pilha de madeira debaixo do coberto. Pegou mais alguns tocos e voltou até a lata. Encontrou uma caixa de fósforo perto da pequena janela que dava para fora da casinha aberta de madeira. Riscou esse e jogou na lata. Não tardou a consumir a fantasia e com ela, seus pensamentos se tranquilizavam.

      Entrou no carro e deu partida, saindo da fazenda pela trilha da floresta que levava a estrada, ele não ia para a cidade, mas para o lado oposto. A cidade que ficava na direção ao posto de gasolina que ele tanto ia. Nem deu tempo de escolher uma rádio e viu dois rapazes encostados em uma moto, parados no canto da rua. Eles tentavam ligar para alguém no celular, mas pareciam enfurecidos. Hugo foi parando o carro, baixou o vidro e perguntou:

- Oi camaradas, e aí, perdidos?

- Oi.

- E você, por que não vaza logo? - Juan era antipático e não gostou de Hugo logo que esse apareceu.

- Opa! Só ia oferecer ajuda, cara. - Falou ele, fingindo ser gente boa.

- De boas intensões o inferno está cheio. - Falou o outro, ainda tentando usar o celular.

A prisioneira do Metamorfo - Livro 1Where stories live. Discover now