Capítulo 23

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     O Metamorfo estava na cozinha, preparando um risoto de frango com queijo

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     O Metamorfo estava na cozinha, preparando um risoto de frango com queijo. A Lobisomem tinha parado de gritar, mas ele não se preocupava tanto com ela. Estava bem presa, dali não sairia tão cedo. Ele terminava de cortar o queijo em pequenos cubinhos, jogando na panela com o risoto já pronto. Por fim, cortou salsinha e cebolinha, colocando sal, pimenta preta moída e páprica a gosto. Apenas para dar um gostinho diferente. Arrumou a mesa com dois pratos, talheres e duas taças. Colocou o vinho e foi até o quarto, chamar a humana.

- Está com fome ainda? - Perguntou ele, sorrindo apoiado na porta, com a mão no bolso da calça social.

- Morrendo! - Brincou ela, exagerando, mas de fato estava faminta.

- Venha, eu te ajudo. - Disse ele, indo até ela na cama.


     Ele a segurou pela cintura, apoiando seus braços no ombro dele. Ele queria levá-la no colo, mas ela era orgulhosa e disse que não precisava. Mancando e apoiada nele, saíram do quarto indo para cozinha. Ela então percebeu que tinha um cheirinho muito gostoso na cozinha. Ele puxou a cadeira e a ajudou a se sentar. Depois deu a volta na mesa, indo até a gaveta pegando um saca rolhas, para abrir o vinho.


- O cheiro está bom. - Falou ela, tentando quebrar o gelo.

- Espero que esteja do seu agrado. - Disse ele, dando uma piscadela que a fez tremer de um jeito que ela vinha evitando, há muito tempo. Sua intimidade a denunciaria.

- Vamos ver. Posso me servir?

- Claro, à vontade. - Disse ele, abrindo o vinho.

      Kelly enchia seu prato com o risoto e o cheiro dele e sua textura pareciam incrivelmente apetitosos. Ela levou o garfo no prato e em seguida na boca. Quando ela sentiu o gosto da comida, parecia uma explosão de texturas e sabores. Ela estava faminta demais para apreciar, começou a comer tão rápido que logo serviu o segundo prato, dessa vez com mais comida.


- Alguém não faz boquinha na hora da comida. - Brincou ele, servindo-se depois dela.

- Hum! Desculpa, eu disse que estava com fome. - Disse ela, se sentindo tola, porque acabou fazendo papel de boba.

- Tranquilo. Coma à vontade, gosto de mulheres que tem um apetite grande e não fazem drama. - Falou, dando outra piscadinha, levando o garfo aos lábios. Kelly sentiu sua intimidade ficar ainda mais molhada. Maldito Metamorfo!

- Você vai deixar ela comer? - Perguntou ela, se arrependendo em seguida da pergunta que fez sem pensar.

- Não. - Respondeu ele, comendo o que tinha no prato.

- Mas por quê? - Perguntou a humana que tinha um coração bom, apesar de todas as experiências horríveis que teve na vida.

- Kelly, ela é um Lobisomem. Somos rivais. Não posso alimentá-la, isso daria força a ela para me matar. - Suspirou ele, servindo o vinho primeiramente para ela e depois para ele.

- Mas ela é uma boa pessoa. Por favor, ela é minha amiga. Não me sinto bem comendo e sendo bem tratada enquanto ela está ali em baixo. Presa, naquelas condições. - Falou Kelly, levando a taça à boca, mas antes de beber ele tirou de sua mão, com suavidade, para não assustá-la.


- Esqueci que você não deve tomar bebida alcoólica. Você vai tomar remédio, para melhorar do machucado. - Falou ele, cortando o barato dela.

- Verdade. Eu tinha esquecido também. - Bufou a humana, comendo a comida.

- Você já esteve no lugar dela. Mas não posso mudar minha opinião. Você vai entender, uma hora ou outra, que ela não é quem você pensa. - Disse Hugo, bebendo o vinho branco.

- Você também não era o que eu pensava. - Alfinetou ela, se sentindo amedrontada em seguida.

- Como disse? - Perguntou ele, ficando sério e esperando se ela teria audácia de repetir o que falou.

- Falei que você também não era o que eu pensava. No começo, você se revelou um monstro! Mas depois, percebi que é apenas um mecanismo de defesa sua. Seu lado predador.

- Você é corajosa. - Admitiu ele, apoiando-se na mesa, encarando-a bem de pertinho.


     Kelly sentiu medo, mas ao mesmo tempo uma vontade louca de beijá-lo.

"Mas que merda está havendo comigo?!" - Pensou ela, encarando os olhos castanhos dele. Hugo voltou a se sentar no seu lugar, deu um gole no vinho e respondeu por fim:

- Espero que tenha gostado do almoço. Coma à vontade. Posso não ser mais humano, mas isso não lhe dá o direito de criar uma opinião, sem nem ao menos, me conhecer de verdade. - Disse ele, suspirando. Ela ficou sem palavras, ele concluiu o que disse, pegando o copo de vinho e saindo da mesa.

- Bom apetite. - Falou, indo para o sofá.


     Ele a deixou sozinha na mesa, terminando de comer. Kelly chorou baixinho, se sentindo idiota. Aquilo quase parecia um encontro, se não fossem as circunstâncias. Ela se serviu outra vez, comendo devagar. Ele acabou de beber e veio até a mesa, buscar a garrafa e pegou o copo que tinha servido para ela, voltando ao sofá sem falar nada com ela. Kelly terminou de comer, levantou com dificuldade e tirou a mesa. Guardou o restante da comida e deixou o prato dele de lado. Lavou a louça que tinha na pia, inclusive seu prato e talheres. Um barulho de ligação. O Metamorfo atendou o que seria, o celular dele.

- Alô? Sim, sim. Pode deixar. Estou indo até ai. - E desligou a chamada, levantando do sofá.


      Ele saiu levando o celular no bolso, a chave de casa e do carro. Não falou nada, só saiu. Ela respirou fundo, contando até mil. Jogou a comida dele fora e terminou de lavar a louça. Quando ele voltou, ela estava no sofá, sentada lendo o livro da noite passada. Ele entrou carregando uma caixa bem grande, arrastando para o quarto. Voltou para fora, trazendo um colchão grande embalado. Deixou no quarto e voltou novamente com outro colchão de solteiro. Largou na cozinha e saiu de novo. Voltou segurando uma caixa de madeira de tamanho médio e uma capa que parecia de uma arma.


     Ele entrou no quarto, fazendo barulho. Ela estava curiosa, mas não foi até lá. Sabia que devia ser uma cama, mas não se intrometeu, fingiu que estava lendo. Algum tempo depois, ela pegou no sono no sofá e ele apareceu, falando:

- Kelly, vou descer e falar com ela. Por favor, não se meta. - Disse ele, acordando-a assustada.

- Não! Por favor, não a mate! - Implorou a humana, temendo a morte da amiga, uma vez que ele segurava a tal arma.

- Eu prometi a você. Não vou mata-la, mas se ela não responder, terei que forçá-la a dizer.


Disse ele, descendo para o porão, trancando a porta enquanto ela gritava, mancando, indo até a porta de madeira, chamando pelo Metamorfo:

- Hugo!

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Oi amores! Tudo bem pessoal? 

E agora, será que ele vai cumprir a palavra? O que você acha? 

Achei fofo ele cozinhando, embora não fosse nada demais, também conquistou um pouco o coraçãozinho da Kelly. 

O que você faria no lugar dela, Kelly? 

Deixe um comentário, aquele voto que sempre ajuda e espero você no próximo capítulo. 

Bjocasss da Bruxa! 

A prisioneira do Metamorfo - Livro 1Where stories live. Discover now