Capítulo 61

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       Ao chegar em Michelli Angelo, cidade em que morou por anos, seu coração pulsou mais rápido

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       Ao chegar em Michelli Angelo, cidade em que morou por anos, seu coração pulsou mais rápido. Algum tempo depois, ela estava dentro do táxi, partindo rumo ao bairro que constava no endereço que ela recebera de Hugo por chamada, dias atrás.

        Ela fitava a paisagem pelo vidro embaçado do carro. Tudo parecia tão normal e tão estranho para ela. Não entendia como pode ter uma vida diferente da que tinha agora, ainda mais cercada de pessoas vazias e mesquinhas. Ela havia mudado, para melhor? Não sabia, só queria que tudo acabasse logo. Queria estar em casa abraçada a Hugo e vendo filmes.


- Chegamos. São trinta e quatro dólares senhorita. - Disse o motorista parando o táxi em frente a mansão.

- Obrigada, senhor, tenha um bom dia. - Disse ela entregando-lhe duas notas de vinte e descendo do carro com a pequena mala que levou com ela.


      O taxista não gostou da pequena gorjeta, mas não reclamou, apenas partiu deixando-a sozinha em frente aqueles imensos portões de ferro. Ela avisou no interfone que estava ali para o velório e esse se abriu. Adentrando o local, ela avistou a imensa mansão e o jardim. Era tão lindo, isso a lembrava em partes de sua antiga casa. Conforme andava em direção a casa, avistava fileiras e fileiras de carros estacionados. A cerimônia era lá dentro, pois não havia uma alma viva ali fora.


        Um mal-estar tomou conta dela e sentiu vontade de ir embora, mas sabia que aquilo era importante para ela. Seria o ponto final de tudo que um dia lhe foi tirado pelo Metamorfo, embora tenha resultado em diversas situações adversas, ela era feliz com Hugo de um modo que nunca fora de verdade com ninguém, nem mesmo Charles Dickens. Com toda cara e coragem, ela empurrou devagar a porta de entrada, desejando que fosse mais fácil de sair inteira dali do que estava imaginando.


       Ao entrar, ninguém notou sua presença inicialmente. Estavam todos virados de costas para ela, dentro de uma sala onde acontecia o velório. Um mordomo passou por ela e a assustou, chegando do nada e dizendo:

- Senhorita Miller, gostaria que eu encaminha-se sua bagagem para seu quarto de hóspedes?

- Oh, que susto! - Disse ela, deixando escapar um pouquinho de xixi pela calcinha.

- Senhorita?

- Sim, por gentileza. Se não for incômodo. - Agradeceu ela, ficando apenas com sua bolsa de mão que sempre usava.

- Não será incômodo. O velório está ocorrendo há aproximadamente uma hora na sala de jantar. A Senhora Dickens à espera. - Falou ele subindo as escadas com a mala dela.

- Obrigada. - Agradeceu, tomando outro rumo.


- Kelly? - Chamou por ela uma voz feminina que ela não reconhecia.

A prisioneira do Metamorfo - Livro 1On viuen les histories. Descobreix ara