Capítulo 69

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        Em meio aquele momento de desespero, o Metamorfo não se conteve

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        Em meio aquele momento de desespero, o Metamorfo não se conteve. A mulher que ele amava estava em perigo e ele tinha que tomar uma decisão. Ela podia odiá-lo, mas era pelo seu próprio bem e para manter a vida do bebê. Hugo cortou o braço da vampira na vertical até perto do cotovelo e ela começou a sangra muitíssimo. Kelly sentiu o cheiro de sangue de uma maneira diferente. Ele era contagiante.

- Beba. - Pediu ele, empurrando a vampira que estava morrendo e agonizando.

- Não! - Recusou-se Kelly.

- Então, vai ser a mal. - Disse ele puxando a cabeça de Kelly para trás. Ele esfregou o braço com sangue em sua boca.


      Ela não resistiu e sugou. A Lobisomem segurou o braço franzino da mulher e o mordeu com força. Conforme Kelly se alimentava de sua vitalidade, ela ia enfraquecendo. Quando eles não esperavam, a vampira torceu o pescoço de Kelly e essa bateu a cabeça na banheira. Hugo foi rápido e deu fim a vida daquela vampira. Correu até Kelly, achando que ela tinha morrido. Ele começou a chorar e ela abriu os olhos. Abraçou-a pedindo perdão por não ter evitado aquilo tudo, mas Kelly gritava furiosa.


- Você não devia ter feito isso!

- Era a única coisa a ser feita, Kelly! - Ele tentou explicar, mas ela estava magoada demais.

- Sai da minha frente e leva essa coisa daqui. - Mandou ela, encolhendo-se na banheira.

- Como queira. - Falou ele em um tom áspero que cortou seu coração.


      Ele saiu do banheiro levando o corpo em seus braços. A porta de fechou quando ele saiu e Kelly despencou em choro. Ligou o chuveiro e despiu-se lavando o corpo de todo aquele sangue e confusão. Como podia ter acontecido aquilo assim tão de repente? Em um momento, eles estavam se amando e no outro, quase morrendo. E ela havia matado aquela mulher, ela sugou seu sangue como uma vampira. O que ela era afinal?


       Enquanto tomava banho, pensamentos aleatórios conspiravam em sua mente. Ela não estava com ódio de Hugo, mas sabia que algo devia tê-la mudado, porque ela se sentia diferente e quando provou aquele sangue, era como se fosse um suco doce de framboesa. Ainda podia sentir o adocicado em seus lábios. Lavou os cabelos e a roupa que estava molhada e manchando a banheira de vermelho, ela deixou de canto. Enrolou-se na toalha quando terminou, desligou o chuveiro e jogou a roupa no lixo.

      Saiu do banheiro e não viu Hugo, mas sentia o cheiro de queimado no ar. No seu quarto, ela vestiu o pijama velho, penteou o cabelo e secou com secador. Quando estava terminando de se arrumar para dormir, ele adentrou o quarto. Seus olhos se encontraram. Nele estava explicito sofrimento, mas não o sentimento de culpa. Kelly, no entanto se sentia muito cansada.

A prisioneira do Metamorfo - Livro 1Where stories live. Discover now