Capítulo 10

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      Habilidosamente, o Metamorfo passava a linha pela agulha, se preparando para costurar a pele de Kelly

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      Habilidosamente, o Metamorfo passava a linha pela agulha, se preparando para costurar a pele de Kelly. Ela estava inconsciente. Ele lhe medicou e injetou um soro para que esse ajudasse na recuperação dela. A mulher estava com anemia e um grande corte no antebraço. Temendo levá-la ao médico, ele mesmo decidiu dar um jeito nisso.

     A mulher estava deitada em uma espécie de mesa de madeira, longa e firme. Ao lado do seu corpo, sobre a mesa tinha uma forma baixa com diversos instrumentos médicos muito bem esterilizados. Não estavam mais no quarto onde costumavam ficar, mas sim naquele que ficava sempre trancado. A criatura sabia muito bem o que estava fazendo, uma vez que era experiente em lidar com peles humanas. Mas uma pessoa ainda viva, sendo costurada era diferente de um cadáver. Ainda mais sendo alguém como Kelly. Alguém que ele se importava mesmo não querendo admitir.

      Quando a agulha atravessou a pele dela, Kelly mexeu involuntariamente o corpo, acordando do seu estado inconsciente. Ele então parou indo buscar uma seringa. Injetou novamente direto na veia dela, mas esse era um calmante. Ainda acordada, Kelly tentava acordar. Sua visão estava embaçada, sua cabeça doía e sentia muita dor no corpo todo. Principalmente no braço. Ela viu o Metamorfo, ele parecia sério, focado em algo importante. Tentou ver o que ele fazia, mas sua visão estava piorando. E antes do remédio fazer efeito, ela disse:

- Onde estou? - Perguntou assustada, estranhando o ambiente desconhecido.

- Kelly, você precisa descansar. Está tudo bem, confia em mim. - Dizia ele, fazendo um carinho em seu cabelo. Esperando que ela voltasse a dormir para continuar a costurar o braço dela.

- Mas o que você está fazendo?

- Xiu, fica quietinha. Durma um pouco, você está precisando. Estou cuidando de você. - Respondeu ele, voltando a costurar o corte que ela mesma havia se infligido.


      A humana caiu em um sono profundo, o que foi bem-vindo uma vez que ele precisava que ela descansasse para recuperar-se mais rápido, mas principalmente para ele poder dar um jeito naquilo. Ele demorou aproximadamente uma hora, fazendo o total de 68 pontos no braço dela. A pele estava avermelhada na região, mas ao menos agora ela sobreviveria. O sangue não escorria mais, uma vez que ele havia fechado o corte. Limpou com cuidado extremo, tentando evitar toda e qualquer infecção.

      Achou melhor não enfaixar para que os pontos pudessem oxigenar e cicatrizar logo. Claro que pela quantidade de pontos e gravidade do estado de saúde dela, demoraria muito tempo para ficar cem por cento boa. Mas o importante e mais difícil ele tinha feito para mantê-la viva. Agora era só esperar que Kelly acordasse. As horas passavam e nada dela acordar. Tentou manter-se calmo, mas era difícil.

     Foi até o quarto onde eles costumavam dormir e arrumou a cama para ela. Voltou ao quarto e pegou-a no colo com muito cuidado. Deitou-lhe na cama e a cobriu. Estava muito frio na casa e decidiu que iria consertar o aquecedor central para que ficasse melhor estar ali.

A prisioneira do Metamorfo - Livro 1Where stories live. Discover now