Capítulo 18

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     Acordou sentindo uma dor na barriga

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     Acordou sentindo uma dor na barriga. Ele levantou e percebeu que tinha dormido naquela mesa. A dor insistia. Ele sabia o que era aquilo. Fome. Precisava comer. Queria não ser um monstro, mas era inevitável. Ele precisava comer. Então, ao menos isso ia deixá-lo contente.

     Separou uma pequena mochila, onde guardou facas variadas, mas todas bem afiadas. Uma arma carregada com seis balas e por último, tirou a roupa, vestindo uma fantasia de coelho branco, sem as mãos na fantasia. Pegou a mochila e saiu do quarto, trancando esse. Abriu a porta de casa e saiu, trancando tudo do lado de fora.

"Que comece a diversão!" - Pensou o Metamorfo, entrando no carro, levando com ele a mochila com armas.


      Dirigindo, ele abriu a janela pegando vento na fantasia. Ouvindo música alta, ele se debatia entrando no clima de caça. Conforme ele adentrava a estrada principal, via perto dele três rapazes fazendo sinal. Ele foi diminuindo a velocidade e viu um carro no canto da rua, eles tinham batido ou derrapado. Abaixou o vidro e parou o carro.

- Opa! Precisam de carona? - Perguntou Hugo, vestido de coelho da pascoa.

- Cara, sua fantasia é loucona! Me amarrei na tua. - Disse um deles, o mais forte.

- Melhor a gente esperar... - Falou o mais magricelo, que usava óculos.

- Que nada! Vai demorar horas, a gente vai acabar tendo que ir a pé até a cidade ou dormindo no meio da estrada. Você escolhe. - Perguntou o garoto mais bonito, no meio dos outros dois.

- Tudo bem. - Aceitou ele contra vontade.

- HURU! Rock and Roll, caras! - Gritava o mais forte, entrando na frente, ao lado do Metamorfo.


       Antes de qualquer coisa, Hugo trancou o carro, aumentando volume no máximo. Acertou primeiro no cara ao lado, duas vezes no coração. Os outros dois tentavam sair, mas enquanto o rapaz bonito se desesperava, bateu no amigo ao lado, fazendo ele perder os óculos. Sem conseguir ver o que se passava, o rapaz se abaixou procurando os óculos enquanto Hugo esfaqueava os dois amigos dele. O fortão já estava morto e o outro quase lá. Então, Hugo acertou o rapaz magrelo enquanto esse estava encolhido no carro.

      Rindo e se divertindo, o sangue das três vítimas respingava por tudo dentro do carro, principalmente na fantasia de coelhinho branco. O Metamorfo então puxou no pescoço do rapaz ao lado, mordendo e comendo sua pele e carne ao redor do pescoço. Ele tinha um gosto estranho. Cuspiu e decidiu comer os outros dois. Jogou-se na parte de trás e enquanto esfaqueava um corpo, devorava o outro que se revelou suculento.


      Hugo gostava de estraçalhar os corpos. O sangue, tripas e órgãos eram a parte mais divertida para ele. Comeu partes dos braços, pernas e barriga deles. Deixando mais inteiro o fortão. Quando estava satisfeito, desceu do carro e puxou um corpo por vez para fora. Colocou-os no carro deles e ligou esse, deixando o pé do rapaz forte pisando no acelerador. O carro acelerou e entrou floresta a dentro. Alguns segundos depois, um estrondo e chamas.

     O Metamorfo ria, dançando Michael Jackson. Ele estava se divertindo com aquilo tudo. Não podia negar que havia maldade dentro dele. Entrou no carro e voltou pela estrada, cantando alto a música que tocava no rádio: Música- Michael Jackson- Billie Jean


        Chegando em casa, ele desligou o carro e decidiu lavar ele antes que o dia amanhecesse. Por mais que Kelly soubesse que ele matava, ela não precisava ver os restos dos seus crimes. Ele não se importava com suas vítimas, era egoísta e idiota. Mas apesar disso, tinha sentimentos humanos. Nem ele entendia o por que gostava tanto de matar, mas isso ele sempre gostou. Ele sempre gostou de machucar as pessoas, torturá-las, mas só uma pessoa ele matou enquanto ainda era humano. Mas era uma questão de vida ou morte. E ele acabou mordido e virou essa criatura.

       Foi até o celeiro da fazenda e pegou um balde. Jogou sabão em pó que tinha por ali e pegou a mangueira, ligando a água. Lavou o carro por dentro e por fora. Tirou aquela roupa de coelho ficando só de cueca. Estava frio ali fora, mas ele não sentia tanto frio como um humano. Escondeu a fantasia suja em um fundo falsa na garagem entulhada de coisas. Lavou os pés da sujeira e entrou em casa.


      Pé ante pé, ele foi para o quarto e tomou um banho daqueles. Kelly dormia no sofá, a televisão estava ligada. Ela tinha dormido outra vez. Depois do banho, vestiu algo confortável e foi até a sala buscá-la. Com cuidado, ele levou-a até a cama do quarto principal novamente. Cobriu-a com edredons e deu um beijo em sua testa, antes de ir para sala. Deitou-se no sofá e decidiu que no dia seguinte, guardaria suas coisas no porão e faria daquele quarto seu. Ao menos enquanto ele e Kelly não estivessem juntos.

     Sem fome, ele voltou ao quarto indo buscar um travesseiro e um edredom. Ajeitou-se no sofá confortavelmente. Ele era grande e o sofá apesar de bom não era uma cama. Arrumou-se como podia, decidido que no dia seguinte compraria uma cama para ele. Antes de pegar no sono, pensou em Kelly. Sentia saudades dela. Cogitou em fazer corridas a partir de amanhã, para aliviar o acúmulo de energia. Desligou a televisão e deixou o controle na mesinha, ao lado do livro que Kelly estava lendo. Curioso, ele decidiu ler e ficou maravilhado ao descobrir que até tinha gostado da história. Algum tempo depois, ele deixou o livro na mesinha e se acomodou, pegando finalmente no sono.

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Oiioii, parece que nosso Metamorfo não se controla muito quando o lance é comer e matar. 

Espero que tenham gostado desses capítulos especiais de pascoa que eu planejava escrever meses atrás, justamente na pascoa. 

Boa leitura e até o próximo capítulo! 

Bjocas da Bruxa! 

A prisioneira do Metamorfo - Livro 1Onde as histórias ganham vida. Descobre agora