Capítulo 27

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       Pela manhã, ele tentou levantar da cama sem acordá-la, mas não funcionou

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       Pela manhã, ele tentou levantar da cama sem acordá-la, mas não funcionou. Ela o puxou para perto e sem querer, eles encostaram seus lábios um no outro. Kelly abriu os olhos e pressionou seus lábios no dele e esse correspondeu, dando passagem a língua dela para um beijo.

- Bom dia. - Sorriu ela, depois do beijo terminar.

- Bom dia. - Respondeu ele, sorrindo para ela.

- Dormiu bem? - Perguntou ela, curiosa com o sorriso.

- Sim. Muito melhor com a sua companhia. - Falou ele, deixando ela corada.


- Você não ficou bravo, por eu entrar sem permissão? - Perguntou, com receio dele dizer que sim.

- Não. Pode vir sempre que quiser. - Disse ele, abraçando-a.

- Vai levantar agora? - Perguntou a humana.

- Vou, mas se quiser, pode dormir. - Respondeu o Metamorfo, esperando que na verdade ela pedisse para ele ficar ali, com ela.

- Não. Vou levantar com você. - Disse ela, levantando da cama percebendo que ele queria sair da cama.


     Eles levantaram e arrumaram a cama, dobrando as cobertas. Enquanto ela ia para o quarto trocar de roupa, ele fazia o café da manhã e arrumava a mesa. Quando ela voltou, usava uma roupa simples e comum de moletom. Sentou-se à mesa e compartilharam a refeição, falando sobre ontem.


- Eu estou bem melhor. - Começou ela.

- Fico feliz. Mas acho que existe uma grande probabilidade de você ter virado uma lobisomem.

- Por que acha isso?

- Porque ela te mordeu. E você a matou. Isso ativa a maldição. Matar.

- Eu não esperava por isso. - Disse ela sem jeito.

- Tudo bem. Vamos descobrir daqui três semanas.

- Três semanas?

- Sim. A próxima lua cheia.

- E como vai ser?

- Ainda não sei. Mas vamos dar um jeito. - Respondeu ele, entregando a ela um copo de água e dois comprimidos para dor.


     Terminaram o café da manhã e Kelly ficou lavando a louça enquanto ele dava uma boa geral no porão. Ele cremou o corpo de Camile que estava morta na floresta. Kelly chorou por ter perdido uma amiga, mas ela sabia dentro de si que era o único jeito. Que no fim das contas, Hugo estava certo o tempo todo. Ela a teria matado se tivesse chance.


    O dia passou rápido. Ele limpou a casa enquanto Kelly fazia o almoço que era peixe no forno, arroz e salada cozida. Almoçaram juntos e a tarde, ficaram no sofá vendo filmes de comédia romântica. Depois, ele tomou banho e ela também, depois dele, é claro. De volta à sala, ele a convidou para sair.

- Quer dar uma volta?

- Adoraria, mas meu pé ainda doí e fica difícil andar por aí. - Falou ela, desanimada.

- Eu sei de um lugar, onde podemos ir e você pode ficar sentada.

- Onde?

- Na verdade, mais de um lugar. Mas não faz sentido irmos ao cinema se passamos a tarde vendo filme. A menos é claro, que você queira. - Sugeriu ele.

- Pode ser o outro lugar. - Respondeu ela, curiosa.

- Quer ir à missa? - Ele a convidou.

- Sério?! - Perguntou ela surpresa.

- Sim. Por que o choque?

- Bom, não pensei que você fosse religioso.

- Eu não sou. Mas acho que você é. - Falou ele, observando seu olhar de intrigada.


- Por que pensa isso?

- Porque quando estive vigiando você e Dickens no Natal, percebi que vocês iam com frequência à igreja. - Falou ele, percebendo que ela ficou desanimada.

- Sim. Eu sou católica, mas desde que estou aqui, me afastei mais de Deus. Não culpo você, eu mesma tenho evitado. Mas sim, me sinto bem indo na igreja e seria ótimo. - Falou ela, abrindo um sorriso singelo.

- Então, coloca uma roupa que você acha quente o suficiente, porque lá fora, fica mal a gente andar enrolado em edredom. - Brincou ele, fazendo-a rir enquanto sumia quarto a dentro.


     Um tempinho depois, ela voltou. Usava uma roupa mais formal, um casaco comprido e seu cabelo solto, com brincos pequenos que destacavam seu rosto. Ele a elogiou, achando que estava linda. Eles saíram então, trancando bem a casa. Entraram no carro e deixaram na rádio de música clássica, indo em direção a estrada que dava para cidade.

     Chegando na igreja, eles se sentaram no fundo, facilitando para ela que não conseguia andar muito e também, para passarem despercebidos. Viram a missa toda e no final, foram embora. Passaram em um fast drive que estava vendendo frango assado. Ele comprou dois e pagou, voltando para o carro. No caminho de volta, ela segurava a sacola com frangos e ele dirigia.

- Adorei o passeio. Obrigada.

- Fico feliz em deixá-la feliz. - Falou ele, admirando a expressão de felicidade que ela tinha no rosto.


     Em casa, eles jantaram frango e arroz que tinha sobrado do almoço. Ela tomou mais dois remédios e então, ficaram vendo filmes no sofá. A hora passou rápido e ela adormeceu, encostada nele. O Metamorfo a pegou no colo, levando para cama. Cobriu-a e fechou a porta do quarto, desejando boa noite. Ele lavou a louça, trancou a casa e foi dormir depois de escovar os dentes. Em seu quarto, ele pensava em como o dia tinha sido bom, embora ele tenha queimado o corpo da Lobisomem. Desejava que ela não tivesse se transformado e adormeceu pensando em Kelly.


     No meio da noite, outra vez ela saiu do seu quarto e foi até o dele. Enfiou-se nas cobertas e ele a abraçou, sussurrando:

- Estava esperando por você. - Ele foi mais para o canto, dando espaço para a pequena humana se juntar a ele na cama.

- Que bom. Me abraça! - Pediu ela, querendo carinho.

- Claro que sim. Boa noite, minha linda. - Disse ele, abraçando-a e dando um beijinho na sua testa.

- Boa noite, Hugo. - Falou ela, adormecendo em seus braços.



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Olá criaturinhas do meu coração! 

Adorei escrever esse capítulo. Acho que estou muito romântica kkkkkkk. 

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Bjocas da Bruxa! 

A prisioneira do Metamorfo - Livro 1Onde as histórias ganham vida. Descobre agora