O Metamorfo é uma criatura monstruosa que assassina o marido de uma humana.
Fingindo se passar pelo marido por um tempo, a criatura se envolve fisicamente com a sua presa, a ponto de possuir sentimentos.
Contudo, sua monstruosidade não está esquec...
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Uma semana havia se passado. Kelly e Hugo estavam vivendo em harmonia. Ela já estava praticamente curada do ferimento no pé e saía de manhã para fazer uma caminhada pela fazenda com ele, o Metamorfo.
Nesses momentos, eles conversam sobre religião, sobre a lua e criaturas místicas. Ela tentou saber um pouco mais sobre ele, mas Hugo era muito reservado. A única coisa que ele deixou escapar e não percebeu, foi que ele nem sempre fora assim, uma criatura. Ele já foi humano. E isso era o começo de uma tentativa que Kelly tinha em fazê-lo mudar, recuperando seu lado humano. Contudo, ela sabia que não seria fácil.
Terminando o almoço, Kelly esperava por ele chegar em casa. Ele tinha saído e ido caçar. Essa palavra deixava a humana arrepiada. Ela tentava acreditar que era uma necessidade, mas sabia que estava se enganando. Havia uma parte dele que gostava de matar. Ao menos, ela achava isso. Entediada, ela lavava a pouca louça que tinha sujado, uma vez que já tinha lavado quase tudo. Ele então chegou. Seu coração disparou ao vê-lo coberto de sangue e com um sorriso de contentamento na cara. Ele nada disse, apenas foi para o quarto tomar um banho.
"Como posso ser tão ingênua? É óbvio que ele mata pessoas e parece gostar disso. Acho melhor desistir dessa ideia maluca. Não! Eu nunca desisto." - Pensava ela, confusa em uma luta com as próprias ideias. Queria esperá-lo, mas estava com tanta fome, que atacou a comida.
- Vejo que o cheiro está bom e alguém está com um grande apetite. - Brincou ele, voltando quando ela terminava o primeiro prato de comida.
- Claro. - Respondeu sarcástica.
- O que houve? - Perguntou ele que não entendia o porquê dessa estar assim.
- Nada. - Bufou, remexendo a comida e se servindo de novo.
- Está mentindo. Fale comigo.
- Eu já disse, nada! - Falou ela alterada.
- Kelly, assim fica difícil de convivermos. Por favor, diga a verdade. - Pediu ele, sendo paciente, sentando-se à mesa.
- Ok! Poxa, eu pensei que você estava mudando. Se tornando mais humano nessa semana que passou, mas depois de dias, você volta coberto de sangue. Você matou alguém? - Perguntou a humana, querendo em todo seu ser que ele dissesse não.
- Sim. Matei e comi. - Disse ele sendo honesto.
- Por que faz isso? - Perguntou ela decepcionada.
- Porque sinto fome e preciso comer. Só comida humana não basta. - Ele explicou, se servindo.
- Mas você parece muito feliz, quando volta da caçada. - Falou ela, evitando olhá-lo.
- Não vou negar. Gosto de matar. Gosto de ouvir os gritos e ver a cara de pânico dos humanos, implorando pela vida. - Disse ele, se lembrando com prazer da recente vítima.
