Capítulo 17 - Henrique

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Me atrasei de novo né? SORRY!!! Esse semestre tá sendo o pior de todos!!! Os professores se esquecem que um dia só tem vinte e quatro horas? Enfim... Aqui está! Responderei todos os comentários, estou adorando ler! Obrigada pelo carinho!

Droga! Droga! Droga!

Por que isso tinha que acontecer? Eu liguei para ela para dar a notícia pessoalmente de que eu estava me separando, e isso acontece? Eu dormi pensando em como fazer para conquistá-la, e em uma manhã eu consigo afastá-la? Mas não é só isso que está em minha mente. Tudo está em minha mente. Como palavras sem nexo em uma sopa de letrinhas. Uma completa confusão. Tudo está misturado.

Minha razão insiste em me dizer que a Desiré não me trairia, nós dois sempre tivemos uma vida sexual excelente. Haja libido para precisar de mais do tínhamos. Sempre me senti satisfeito com essa parte do nosso casamento. O suficiente para não olhar para outra pessoa. Bom, pelo menos por vinte anos.

Mas tem uma parte de mim que quer acreditar nela. Uma parte de mim está me dizendo que a Alice não seria capaz de armar uma mentira dessas. Aquelas lágrimas, aquela decepção no olhar dela não pode ser mentira! Sua voz exalava mágoa, ela parecia magoada comigo, o que é pior.

Minha mente vagueia em suas palavras, e eu me lembro de algo que ela disse que me faz ficar alerta imediatamente.

"Ela estava no banheiro comigo [...] Jogando na minha cara que ela tem nas mãos os dois homens que eu já amei na vida"

O que ela quis dizer com isso? Segundo ela, a Desiré me traiu com o Marco, o primeiro amor dela, mas ela falou de seus dois 'amores', esse segundo seria eu?

Não pode ser, seria bom demais para ser verdade. Levanto imediatamente jogando umas notas em cima da mesa. Olho rapidamente para as mesas ao meu redor e as pessoas estão olhando para mim, parece que eu e a Alice demos um pequeno show. Em outro momento eu ficaria petrificado, odeio chamar atenção, mas agora não consigo pensar em mais nada.

Sigo para o meu carro e faço o caminho até minha casa no limite da velocidade, provavelmente vou ter algumas multas por isso, mas dane-se, hoje eu não tô para o meu lado certinho.

Paro o carro em frente à minha casa, e a raiva é tanta que eu me atrapalho na hora de abrir a porta. Assim que adentro a sala de estar, vejo a Desiré assistindo a um desses programas femininos de fofoca. Meu sangue ferve e eu não consigo entender o que está se passando dentro de mim. Me pego torcendo para que seja corno. Para que a Desiré tenha me traído todos esses anos, tudo para que a Alice não esteja mentindo. Tudo para que eu possa correr para sua casa e implorar pelo seu perdão.

— Desiré? — Chamo-a em tom firme. Tento não ser cruel demais com ela, já a desestabilizei demais ontem. — Milagre estar acordada uma hora dessa.

— Como se eu conseguisse dormir depois de ontem. — Ela se levanta e caminha até mim — Diz para mim que você reconsiderou, diz que você percebeu que não vale a pena jogar uma vida fora por causa de uma mulher que você acabou de conhecer.

— Não vou mudar de opinião, Desiré. Não é por causa da Alice, quando você vai entender?

— Nunca. — Ela funga — Eu nunca vou entender o que fiz para o meu marido deixar de me amar. — Sua voz consegue ser triste e raivosa ao mesmo tempo.

— Eu preciso te perguntar uma coisa, Desiré. Eu preciso que seja sincera. — Ela olha para mim confusa, e eu fito seus olhos atento a qualquer coisa que possa me dizer se ela estará mentindo. — Você já me traiu?

Ela olha para mim assustada e logo a confusão dá lugar a raiva. Ela me empurra e soca meu tórax, furiosa.

— Seu idiota, como ousa me ofender dessa forma? Tudo bem, você já me feriu amargamente ontem me dizendo que deixou de me amar, mas ofender minha índole? Você está passando de todos os limites. — Ela esbraveja.

Lei do RetornoWhere stories live. Discover now