Capítulo 29

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Oii gente, como foi o feriado? Espero que tenha sido tudo bem, um ótimo fim de semana pra vocês 😍😍😍

♀♀♀

Alice

Almocei com o Rick e contei para ele o que aconteceu com a Charlie, obviamente, ele ficou ainda mais furioso com o Leroy, mas como meu pai está cuidado do caso, acabou se conformando de que a prisão teria que ser o suficiente.

Ao chegar na minha sala, percebo que o Detive Rubras já havia chegado. Quem olha para ele, com seus poucos mais de um metro e meio de altura, olhos acolhedores e cabelos grisalhos, jamais imagina o detetive competente e astuto que é, sua aparência combina mais com um avô gentil, do tipo que conta histórias engraçadas sobre a infância e tem como única ocupação o jogo de dominó com os amigos na varanda de casa. A minha ansiedade está a mil, acho que ele percebe, pois ao olhar para mim, sorri.

— Olha, Srtª. Chevalier, quando me mandou investigar este caso com as pretensões que tinha, imaginei que estava louca. Mas agora estou absolutamente surpreendido, as peças se encaixavam tão perfeitamente da primeira vez que vi, e hoje depois de olhá-la com outros olhos, não entendo como pude vê-las daquela forma.

Sorri. Conheço muito bem essa sensação.

— Aconteceu a mesma coisa comigo. Acredite, não está nada fácil ter meu nome aliado ao caso Basset, quando a totalidade da população brasileira vê o caso da mesma maneira que o senhor viu, e não dão espaço para que seus olhos a enxerguem de maneira diferente.

— Não se preocupe, Srtª. Chevalier. Estou imensamente otimista, já tenho algumas provas que seriam suficientes para trazer questionamentos quanto hipótese de o senhor Leandro Basset ter cometido aquele crime. Mas garanto que em breve vou lhe conseguir mais, que não apenas prove a inocência do Sr. Basset, como apontem o verdadeiro culpado.

Ao ouvir isso foi impossível não dar uma de principiante e sorrir feito pinto no lixo. Era tudo que eu precisava ouvir.

— Sr. Rubras, não se faça de rogado, por favor. Conte-me as novidades.

Instiguei, mais ansiosa e sedenta do que nunca!

— Calma, Srtª. Chevalier. — Ele riu. — Algumas coisas eu preciso deixar ocultas. Mas posso lhe adiantar que já sei os nomes dos empregados que trabalhavam na casa do Sr. Basset. E hoje pela manhã antes de lhe ligar, eu recebi uma ligação com o provável paradeiro dos dois. Meu quebra cabeça já está quase pronto.

Meu coração pulou no peito e a alegria me dominou. Senti uma vontade enorme de ver o Leandro agora para lhe dar a notícia. Preciso reaprender a me controlar em situações assim. Acho que as emoções que eu coloquei nesse caso são grandes responsáveis por essa minha reação.

— Meus parabéns, Sr. Rubras! Estou impressionada.

— Quem está impressionado sou eu. Em apenas algumas semanas eu mudei totalmente a minha visão. E foi graças a Srtª. que eu abri meus olhos. Hoje, se há alguma certeza nisso tudo, é da inocência do Sr. Leandro.

Sorri ao ouvir isso.

Eu posso não fazer grandes mudanças no mundo apenas com as minhas ações. Mas a mudança que eu fizer no mundo de alguém, fará toda diferença.

Lei do RetornoWhere stories live. Discover now