Lei do Retorno

Último Capítulo (Parte 2)

Acabou genteee!!!

Foi muito bom acompanhar as reações de vocês de novo, obrigada por todo carinho e paciência com meus atrasos (não foi um semestre fácil). 

Amanhã eu posto o epilogo! 

Beeijo grande e uma semana cheia de luz pra vocês

Uma hora e meia havia se passado desde que chegamos na primeira loja de vestidos. Nada parecia combinar com o momento. Não queria um vestido simples, do tipo: "Estou grávida e não quero chamar atenção". Mas também não queria um do tipo: "Quero parecer um bolo de casamento de modo que não exista um só par de olhos que não consiga me enxergar".

Era a quinta loja, e Carlie ainda não parecia estar nervosa. Fico feliz por isso, por ter sido ela a ter vindo comigo. Não me leve a mal, eu amo a Charlotte e em uma situação normal eu iria obrigá-la a vir comigo, mas nesse momento, eu não iria querer que ela me dissesse quantos minutos se passaram de dez em dez.

— Está tudo bem para você? — Pergunto por fim, em parte para disfarçar o nervosismo, em parte porque eu realmente queria saber. — O fato de que eu e o seu pai vamos nos casar... Assim.

E com esse 'assim', eu quis dizer 'com tão pouco tempo de namoro, logo após a sua mãe ser presa e tão urgentemente assim.'

— Está brincando? Nunca vi nada mais romântico e emocionante na minha vida, e estou participando disso! — Ela fala toda empolgada e ao olhar para mim, percebe que ainda estou em dúvidas quanto a estar bem mesmo para ela. — Ali, tudo o que uma filha mais quer na vida é ver seu pai feliz. E eu nunca o vi mais feliz do que quando está com você.

Sorri. Adoro essa garota.

— Tudo bem, filhinha, vamos escolher esse vestido logo. — Falei saindo da quinta loja.

— Ok, vai estar tudo bem para mim se não me chamar de filhinha de novo. — Ela ri. Mas eu já não ouvia mais nada.

Meus olhos se encheram de lágrimas ao olhar para uma vitrine com três vestidos propícios para casamentos na praia. O da ponta continha mangas longas esvoaçantes e o da outra ponta sustentava-se apenas por alças trançadas. Mas o que me chamou atenção mesmo foi o do meio.

Ele era tomara que caia. E o busto era todo trabalhado em pedacinhos dourados. Logo abaixo dele o vestido caia solto, com várias camadas de tecido fino, deixando-o suave, sofisticado e incrivelmente lindo. Era o vestido que eu queria. O vestido que eu gostaria de ter em minhas lembranças do meu casamento.

— É esse. — Falei quase sem fôlego.

— Eu imaginei que seria. — Carlie me falou.

Se antes eu já amava aquele vestido, depois de vesti-lo eu já não queria tirar mais. Me sentia como uma deusa grega vestindo-o, e tinha certeza que era exatamente assim que Henrique me veria. Comprei o vestido e fomos dali para uma loja de sapatos.

Achei uma rasteirinha toda delicada na primeira loja. Continha apenas duas tiras todas cravejadas em pedrinhas pequenas que pareciam diamantes. O último par era exatamente do meu tamanho.

Olhei no relógio e já passava do meio dia. Fomos em um restaurante rapidamente e em seguida fomos comprar o vestido da Carlie. Demorou bem menos que eu, afinal tudo fica lindo naquela menina.

Quando chegamos ao salão de beleza era mais de duas horas. Daí em diante, era só conter a ansiedade e esperar até ficar pronta e me dirigir ao local do casamento.