Capítulo 8 - Alice

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Tem capítulo pra alegrar essa segundona trevosa? Tem sim sinhô! Beijão meus amores, uma semana de muita luz para vocês! 

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Após sair muito confusa da sala de Marco, fui direto para a minha. Tentei me concentrar no trabalho, mas nada tirava da minha cabeça perguntas para as quais eu não tinha resposta.

Será que ele está falando a verdade? Será que eu fui injusta ao tratá-lo mal do que jeito que eu o trato desde que cheguei? Afinal, tudo que ele falou justifica ter me traído? Porque não posso negar que ele era jovem, imaturo, e realmente se ver apaixonado por alguém e planejando se casar com ela aos dezoito anos deve ser bem perturbador, mas daí a trair? Não, para mim não justifica, nada justifica. Mas talvez ele mereça meu perdão. Ele mesmo falou que nunca mais viu aquela mulher.

Lembro-me daquela manhã, e consigo lembrar exatamente o rosto dela. Os longos cabelos ruivos caindo sobre o colchão, os olhos verdes me analisando, me olhando com tanta indiferença que mais parecia que eu a peguei tirando um cochilo, em vez de pegá-la transando com o meu namorado. Ela não tinha expressão de choque, nem mesmo surpresa, ela não estava envergonhada por ser pega na cama com um garoto no mínimo dez anos mais novo que ela.

Sim, ela não tinha quarenta anos como eu disse, eu só estava com raiva demais, ela parecia ter pouco mais de trinta anos, mais ou menos. Mas ainda assim, tinha cara de vadia.

Ao lembrar-me desse episódio, ainda sinto raiva, ainda me sinto uma idiota por ter me deixado enganar. Então eu percebo que por mais que eu consiga perdoá-lo, eu nunca vou conseguir esquecer o que ele me fez. Não adianta ele estar arrependido, não adianta ele nunca mais ter visto a vaca ruiva, nada disso apaga o que fez.

Mas o que está me incomodando mesmo é ele ter percebido que eu estou gostando do Henrique. Será que eu estou dando bandeira demais?

Eu preciso sair desse escritório ou eu vou enlouquecer!

Pego minha bolsa e vou até a mesa da Carlie.

— Carlie, eu não estou me sentindo muito bem hoje. Por favor, você pode remarcar as outras reuniões pra mim?

— Claro, Ali, mas aconteceu alguma coisa? — Pergunta preocupada.

— Não, eu só tive uma reunião bem estressante essa manhã.

— Isso é o efeito Colibri. Ele suga suas energias positivas. — Ela brinca.

— Você ainda vai ter que me dizer o porquê dessa apatia ao Marco.

— Você ainda vai descobrir.

Eu sorri pra ela e me virei para dar de cara com o Henrique.

— Oi. — Cumprimento sorrindo.

— Oi. Ali, indo almoçar?

— Na verdade eu estava indo para casa tenho umas coisas para resolver.

— Eu estava indo pra lá agora. Estou indo viajar com seu pai, e ele me pediu para encontrar com ele lá.

— Sério? Ele não me falou nada.

— Viagem de última hora, é um caso que a gente está trabalhando, o julgamento foi adiantado para amanhã, e temos uma reunião com o cliente hoje. Só retornaremos em dois dias.

Assenti, ainda sorrindo, simplesmente não conseguia parar de sorrir quando estava com ele, ele consegue ser sexy até mesmo falando de trabalho.

— Você quer uma carona? Fiquei sabendo que ainda não comprou um carro.

Lei do RetornoOnde histórias criam vida. Descubra agora