Capítulo 38

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Capítulo postado!
Antes de sexta eu posto o bônus! Beijo amores 😘😘😘 semaninha de luz!

***

- Foi aquela mulher ali. - Ela aponta para trás.

Eu não me atrevo a olhar para trás, sei que se fizer isso e olhar para a cara do Henrique e da Carlie, eu não vou aguentar.

- Preciso de um nome, Senhora Morais.

- Desiré Ganzzali. - Ela responde parecendo repudiar o nome, como se fosse uma fruta estragada.

Ouço muitos burburinhos e ainda não me viro, continuo olhando para a cara de Maria Eugênia, sua face começou a revelar medo e eu olho para ela tentando tranquilizá-la e ao mesmo tempo tentando não chorar. "Vai ficar tudo bem" Eu balbuciava, ela parecia respirar fundo repetidas vezes sem emitir som.

A juíza pede silêncio repetidas vezes até que todos obedecem.

- Você a viu?

- Vi, não só naquele dia como a ouvi ameaçando dona Eloise.

- Por que motivos ela faria isso?

- Porque a dona Eloise estava de caso com esse advogado bonitão aí...

- Nomes, Maria Eugênia. - Interrompo-a.

- Ela estava de caso com o Marco, parece que a Desiré também e não gostou nada quando a Eloise ficou grávida do seu amante. Ela parecia ser do tipo possessiva.

- E o amante dela, Marco Colibri, teve alguma coisa a ver?

- Não ativamente, quando ela me mandou embora daquela casa, junto com o Jorge, apenas ela estava lá. Ouvimos o tiro quando estávamos saindo, e o Jorge pegou no meu braço e me levou até o carro. Não ligamos para a polícia de início porque ela nos ameaçou. Depois quem nos procurou foi esse Marco, e nos ameaçou novamente, tanto a mim como ao Jorge, para que não déssemos as caras. Comigo ela ameaçou minha filha.

- Então apesar de não ter matado Eloise, ele teve participação?

- Teve sim. Ele pode não ter feito a sujeira, mas ajudou a limpar.

- Obrigada, Senhora Morais. Sem mais perguntas. - Declaro.

Ao virar para sentar-me em meu lugar, eu vejo na face de todos as consequências dessa revelação. O promotor tirou os óculos do rosto e olhava para frente pasmo. Marco parecia não ter reação, estava em choque, o rosto pálido e os olhos arregalados. Mas foi olhar para a minha bancada que doeu. Carlie estava aos prantos e Leandro olhava para Desiré com raiva e sinceramente achei que ele fosse matá-la. Essa por sua vez estava próxima a porta, contida por dois policiais. Meus pais e Charlotte estavam chocados, mas Henrique... Ele me olhava com mágoa. Isso doeu.

- Me perdoa, Carlice. - Sussurro.

- Por quê? Co-como? Minha... Minha mãe não é uma assassina, não é. - Ela apoia a cabeça em meu ombro e começa a chorar. - Me diz que isso é mentira, Ali, por favor, me diz.

- Sinto muito, Carlie, vocês não mereciam, nem você nem seu pai. Juro que se pudesse ter feito de outro jeito, eu teria.

Ela balança a cabeça e sei que me perdoou, sei que sua mágoa não é comigo. Os jurados e a juíza saem do plenário para votação.

- Eu não posso acreditar que Maria Eugênia sabia esse tempo todo e...

- A cabeça da filha dela estava a prêmio, Leandro, ela arriscou a vida da filha vindo até aqui para garantir que você seria solto, ela não tem culpa de nada, é tão vítima quanto você nisso tudo.

Lei do RetornoOù les histoires vivent. Découvrez maintenant