Capítulo 23 - Alice/Henrique

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Oiii gente, quanto tempo né? Sou malvada sei, mas o tempo tá curto. 

aproveitem o capítulo, amanhã meu semestre finalmente acaba, só mais um seminário e ferias, então eu vou demorar a atrasar tanto de novo, ok? Obrigada!!!

No dia seguinte, liguei para o Théo e marquei um encontro com ele no horário de almoço. Não sei bem como vai ser essa conversa, mas a Charlie está certa, eu não posso jogar minha felicidade fora por medo. Vou falar com o Théo e dar uma chance ao Henrique, afinal se não der certo há sempre o fundo do poço para se voltar, vamos ser otimistas!

Pego a chaves do carro e aviso ao Gabriel que eu prefiro ir dirigindo. Agora me pego pensando que desde que voltei nunca mais dirigi, acho que pelo fato de nunca ter dirigido em São Paulo eu fiquei meio que com o pé atrás. Tudo bem, sou meio cagona quando se trata de dirigir, e o transito de São Paulo não é dos mais tranquilos, concorda? Digito o endereço no GPS e giro a chave, seja o que Deus quiser...

Mas até que é tranquilo, tudo bem que me deu vontade de matar uns certos motoqueiros, mas foi bem melhor que eu imaginava, não apareceu ninguém para me xingar, então está de bom tamanho.

Quando chego no restaurante, o Théo já escolheu uma mesa. Enquanto me aproximo, me bate um frio na barriga, mas não no sentido bom, é mais para "Por favor, não fique bravo comigo".

— Oi, Ali — Ele se aproxima e me abraça. Estranho, não me chamou de namorada, nem me deu um beijo, como tem feito desde que concordei em ficar com ele.

— Oi, Théo. Já pediu alguma coisa? — Perguntei nervosa.

Ele confirma e nenhuma outra palavra é dita. Segue-se o pior tipo de silêncio, aquele terrivelmente constrangedor. Não sei por onde começar, tento beber para ver se o álcool ajuda, mas não resolve.

— Você parece nervosa... — O Théo comenta.

— Talvez porque eu esteja. — Respondo.

O Theo não fez nada de errado, muito pelo contrário, fez tudo certo. Durante todo o nosso passeio ele foi um verdadeiro príncipe, me tratou como toda mulher quer ser tratada, mas mesmo com todo o seu esforço, eu não consegui esquecer o Henrique nem por um momento. Mas como eu vou dizer isso a ele sem magoá-lo? Ele não merece isso. Mas o erro foi meu, eu é que tenho que concertá-lo.

— Relaxe, Alice, eu entendo. Não precisa dizer nada. — Ele segura minha mão, enquanto eu o olho confusa, sem realmente entender o que ele está falando — Eu é que forcei a barra. Você gosta de outro cara, está dando para ler isso nos seus olhos.

Começo a entender o que ele está falando, e sei que deveria estar me sentindo grata por ele estar sendo tão compreensivo, e acredite eu estou muito agradecida. Mas ainda assim, estou me sentido culpada.

— Olha, Théo, eu...

— Você é uma mulher extraordinária. Qualquer homem que tiver você, será o cara mais sortudo do mundo. Sabe, Alice, eu estive pensando... A mulher que eu amo está morta, e quando tinha vida, eu não me esforcei o suficiente para conquistá-la, não cometa o mesmo erro que eu, não perca a chance de ser feliz, porque se você fizer isso, não vai poder voltar atrás, e vai se arrepender pelo resto da vida de ter deixado passar a chance de ser feliz.

Meu coração se aquece, ao ouvir suas palavras. Ele é um cara tão incrível que minhas suspeitas sobre aquele sonho maluco que eu tive se dissipam imediatamente.

— Por que eu não me apaixonei por você, hein? — Pergunto sorrindo.

— Aí seria sorte demais. A vida tem que ser um pouquinho mais complicada para ter graça.

Lei do RetornoWhere stories live. Discover now