Capítulo 13 - Henrique

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E então gente? Preparadas para mais um capítulo? Esse é curtinho, mas o próximo promete! Um fim de semana cheio de luz pra vocês, beijooo e até segunda! 

Ahhh, pra quem acompanha Naomi, voltamos domingo! 

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Quando cheguei em casa na sexta, a Carlie tentou falar comigo, mas eu não deixei, falei que estava com dor de cabeça e fui para o meu quarto. A Desiré não havia saído de casa, estava no quarto lendo um livro e se meu humor não estivesse péssimo eu riria daquela situação. Nunca a tinha visto lendo e principalmente em uma sexta-feira à noite.

Depois de um banho demorado, com a porta do banheiro trancada e a música do meu celular no volume máximo, arrumei uma desculpa para me trancar no escritório. Ela não aceitou muito bem, mas pelo menos aceitou.

Certifiquei-me de trancar bem a porta, e abri o frigobar. Peguei uma garrafa de Uísque, um copo e gelo. Sentei-me em minha cadeira com o copo e a garrafa na mão. Bebi por todas as merdas que vem acontecendo na minha vida. A última coisa que me lembro é de conseguir cambalear até meu quarto, horas depois, e desabar na cama, tendo sempre o rosto dela como meu último pensamento.

***

Acordei no sábado com uma dor de cabeça infernal e uma discussão irritante no andar de baixo. Arrastei-me para o banheiro, e tomei uma rápida chuveirada. Escovei os dentes e me dirigi para a origem da confusão.

— Você deveria ter mais vergonha na cara e respeitar pelo menos a casa do papai. — A Carlie grita para a Desiré, enquanto ela deposita o telefone no gancho.

— Olha quem fala de respeito, você é quem deveria me respeitar!

— Talvez você devesse se dar ao respeito antes!

Aquela confusão estava me dando nos nervos. Queria gritar um "chega". Mas a dor na minha cabeça me impediu. Então apenas passei no meio delas e fui em direção a cozinha. Procurei um remédio para ressaca e tomei com o copo de água.

Vi a silhueta da Desiré vindo em direção à cozinha. Droga. O que eu menos precisava agora é de uma briga.

— Enfim o belo dorminhoco acordou. Posso saber por que você me deixou sozinha no quarto para ir encher a cara no escritório?

— Porque você não iria me deixar encher a cara no quarto. — Respondi com uma voz baixa, porém irritada. Odeio o fato de ela sempre me controlar, isso já me encheu o saco.

— E que motivos você teria para encher a cara?

"Tem certeza que você quer saber, querida? Pois bem, eu estou casado com alguém que eu não amo, enquanto a mulher por quem me interesso está livre para que um tal de Teodoro dê em cima dela." — Pensei, claro. Óbvio que eu não diria isso, não quero magoá-la.

— Vai por mim, Desiré, você com certeza não quer saber dos motivos que eu tenho para beber.

— Você está acabando comigo, sabia? Você sabe como eu me senti por você me deixar sozinha no quarto em plena sexta à noite, e voltar horas depois cambaleando para o quarto, fedendo a Uísque?

Droga. É sério que ela quer me fazer sentir culpado logo hoje? Logo agora? Quando minha cabeça parece que está prestes a explodir, e meu corpo parece que entrou em uma máquina de moer?

— Já sei, deve ter se sentido péssima, sinto muito.

Caminhei até a cafeteira e comecei a preparar café para mim, bem forte e sem açúcar. Mas é óbvio que a Desiré não iria me deixar em paz. Como sempre!

Lei do RetornoWhere stories live. Discover now