Capítulo 21 - Henrique

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E o dia chegou!!! Fiquem com nosso corninho... E mais uma vez obrigada pela satisfação que vocês estão me proporcionando! Beijo

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Sai de Búzios antes do previsto para ajudar a Charlotte em uma reunião. Conheço bem essa insegurança, apesar de saber que ela pode muito bem dar conta do caso sozinha, já fui como ela, sei como se sente e não negaria uma ajuda, assim como não me negaram no passado. Principalmente se tratando da Charlie. O Voo do Rio para São Paulo foi tranquilo, mas quando estávamos indo para minha casa, senti que ela estava mais nervosa que o normal.

_ Aconteceu alguma coisa Charlie, estou te achando nervosa. _ Pergunto com o cenho franzido, mas ela apenas me dirige um sorriso nervoso e se explica.

_ Como disse essa reunião é importante para mim, e o caso é difícil, minha cabeça parece uma maquininha, sem parar um segundo de pensar em uma solução. Divórcio é sempre algo doloroso, quero tentar torna-lo mais fácil. Para ambos os lados.

_ Compreendo.

Minutos depois chegamos em minha casa. Desço do carro e caminho em direção a porta, sinto a Charlie ficar mais tensa ainda, não consigo entender porque, mas tenho a sensação de que isso vai além do caso de divórcio, mas talvez esteja errado.... Ou talvez não. Pois assim que abro a porta do meu quarto, meus pés estacam, minha respiração acelera, e meu coração parece não conseguir bombear sangue suficiente para o meu fluxo sanguíneo célere.

Aquela é minha cama, essa é minha casa. Meu punho cerra imediatamente. E meu estomago embrulha diante dos sons nojentos que meus tímpanos são obrigados a escutar.

Já sentiu raiva antes? Ou melhor dizendo, já sentiu fúria? Misturado com repulsa, e ódio de si mesmo.

Sabe quando eu disse que não a odiava? Pois é, isso acaba de mudar. Sinto ódio, a raiva, a ira, a fúria, tudo me dominar. Eu achava que acreditava no que a Alice e o Louis haviam me dito, mas aqui, vendo a cena na minha frente, percebo que jamais acreditaria se não houvesse visto com meus próprios olhos.

Me pego batendo palmas. Aplaudindo, não apenas a ceninha pornô dos dois. Estou batendo palma para a atriz incrível que está a minha frente. Agora, seus olhos estão arregalados, e está se cobrindo com o lençol. Quase ri. "Isso que você está cobrindo ai querida, eu já vi, já usei, e abusei", Penso com escarnio.

_ Henrique... _ Ela engasga, depois olha para a Charlotte, com medo e ódio no olhar, só então eu viro e percebo ela gravando tudo com um sorriso no rosto. Então isso foi uma armação. Mas não tenho tempo nem mesmo para ficar com raiva da Charlotte agora. Concentro minha fúria na vadia a minha frente.

Levanto um dedo, e olho tentando demostrar todo o ódio que eu estou sentido. Parece que funciona, por que ela se cala. E parece estar com medo. Essa situação seria cômica que se não fosse trágica.

 Vou me aproximando dela com cuidado, tentando ao máximo me controlar.

_ Vai. Vestir. Uma roupa. _ Falo pausadamente, toda o asco que sinto, pronunciados em minhas palavras, mas evidentemente tentando controlar-me. Mas ela apenas me fita, parece realmente estar com medo. Uma sombra de um sorriso ameaça surgir em meu rosto. Ótimo! É bom mesmo estar com medo.

Mas apesar do medo ela não se move, apenas continua me fitando. Ela está surda? Sou obrigado a gritar.

_ AGORA! _ Lagrimas descem pelo seu rosto, lagrimas essas que não me comovem nem um pouco, e ela se apressa em se enrolar em um lençol e correr para o closet.

Fixo meus olhos no filho da mãe, fingido que continua deitado na minha cama, como se fosse sua. Não parece se abalar, apenas me olha, seus olhos demostram divertimento. Tudo bem, Marco, se é diversão que você quer...

Lei do RetornoOnde histórias criam vida. Descubra agora