Bônus - Charlotte

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Adivinha quem chegou pra marcar presença? Charlotte!!! Espero que gostem gente, eu volto sexta!!! Beijão


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A água caía livremente pelo meu corpo, espantando o calor que já se apoderara dele, apesar de ainda ser cedo da manhã. Mas não estou falando do calor insuportável que se encontra no Rio de Janeiro, e sim dos sonhos nada recatados que eu estou tendo a noite. Ainda sinto cada paladar, cada olfato, cada gemido, cada toque... Principalmente o toque.

Essa seca terrível que eu estou tendo está me matando. Cada dia me sinto pior. E minha seca não é por falta de opções, não. Modéstia à parte, tem muitos caras lindíssimos dando em cima de mim desde que cheguei no Brasil, acho que é o sotaque francês, brasileiro adora gringos. Mas não consigo sentir nenhum toque que não seja o dele. Aquele cafajeste traidor me jogou uma praga, só pode! E não pense que eu falo assim, e ajo assim, porque eu amo o Leroy. Eu sei o que é amor, apesar de nunca ter sentido, eu sei, e não é isso que eu sinto por ele. Por isso acho que é uma praga. Tenho sonhado constantemente com ele, o desgraçado era bom na cama, nossa química era incrível. E esses sonhos estão dificultando ainda mais rejeitar suas ligações, que tem se repetido diariamente desde que cheguei ao Brasil. E até agora, eu tenho sido forte, tenho rejeitado várias ligações no dia, não aceito nenhuma ligação que seja da França, a não ser o número da minha mãe. Mas o meu medo é que eu não tenho certeza quanto tempo eu vou resistir.

Eu o desejo de forma absurda, comparo seu toque com todos os que eu sinto, apesar de saber que ele não sente o mesmo. A única vez que desejei alguém da mesma forma que o desejo, talvez até de uma forma menos doentia, foi no... Esquece, Charlotte, descartando essa opção em 3...2...1... Pronto!

Coloquei um short jeans e uma camiseta, com um biquíni estampado por baixo, e desci para tomar café e aproveitar o sol enquanto é saudável.

Quando desci, avistei o Henrique na varanda, sentado em uma das namoradeiras com um copo de suco de laranja na mão e os olhos vidrados no mar, mas pela sua expressão, seus pensamentos estão muito longe dali.

Caminhei em sua direção e sentei-me em uma poltrona ao seu lado, mas ele não me viu. Sua expressão continua vidrada, seu semblante preocupado.

— Já terminei a papelada do seu divórcio. — Solto para chamar sua atenção. Ele parece se assustar, como se não fizesse ideia que eu estava ali até o presente momento.

— Ah... Oi, Charlie... Você disse que já terminou? E começou quando? — Vejo sua pele ruborizar, e solto um sorriso involuntário. O que você estava pensando, Henrique?

— Comecei desde que cheguei, desde que você me entregou todos os documentos necessários. Não se preocupe, não vai ser tão difícil, e o processo não vai ser muito demorado, seria muito mais se a Carlie não fosse maior de idade.

— Eu sei, mas será difícil, já que a Desiré não quer me dar o divórcio. — Ele passa as mãos no rosto como se estivesse exausto. — Só queria que as coisas fossem diferentes, fossem mais fáceis.

— Nada que é fácil tem graça, Henrique, pensa bem, no final de tudo isso você vai ter o melhor prêmio de todos, foca nisso.

— Meu medo é exatamente esse, outro pegar o prêmio que eu quero.

Ele não faz ideia do que a Alice sente por ele. Ah se você soubesse que esse prêmio você já tem desde que a Alice te conheceu...

— Vai ter que deixar esse medo de lado, Henrique, e pensar em conseguir o divórcio o mais rápido possível. Se a Alice for tão esperta quanto eu acho que é, a melhor escolha é tão óbvia para ela quanto é para mim.

Lei do RetornoOnde histórias criam vida. Descubra agora