Bônus - Charlotte

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Oiii Gente, no lugar de um capitulo, vou postar dois bônus hoje e um capítulo amanhã, tudo bem? 

Aos Leitores de Naomi, estou escrevendo devagar pois eu estou quase cega, tenho miopia alta e tô sem óculos há quase quinze dias, a cabeça dói muito quando forço os olhos pra escrever. Mas acho que no domingo já tá pronto. :) 

Beijoos

Você já usou máscaras? Já tentou ser outra pessoa não apenas para que as pessoas vissem essa outra pessoa, mas porque você queria ser essa outra pessoa? Bem, eu sou assim. E vocês não sabem como me sinto cansada, porque ser outra pessoa é incrivelmente exaustaste.

É por isso que eu odeio tanto o Leroy, porque eu não consigo usar máscaras com ele, eu não consigo ser a pessoa forte que eu geralmente me mostro, a mulher independente e livre. Eu sou quem eu realmente sou: Uma mulher tipicamente frágil e romântica.

Agora eu estou aqui com um pote de sorvete quase vazio, e um controle remoto na mão, enquanto eu olho para a televisão que eu acabei de desligar, porque eu não fui forte o suficiente nem mesmo para conseguir assistir Titanic.

É tão ruim assim, uma mulher querer um marido e filhos? É tão ruim querer amar e ser amada? Querer sentir seu coração disparado com apenas um olhar de seu amado? Eu quero tudo isso, e se isso é ser patética, bem, então eu sou uma.

Eu não nasci para ser solteira, nem tão pouco solitária. E se eu continuar aqui, sentada, comendo sorvete e chorando pelo desastre que é minha vida, eu vou acabar entrando em depressão. E a única coisa pior do que ser encalhada, é ser uma encalhada depressiva.

"Eu sei, eu sei, existem muitas coisas piores que isso, é só uma expressão".

Jogo o pote de sorvete de lado. Ele já está vazio mesmo. E vou em direção ao banheiro, tento não me fitar no espelho, mas é inevitável e... Ui, eu estou um caco!

Foi com o Leroy que eu perdi minha virgindade, e eu tinha apenas quinze anos. Ele me deu um pé na bunda no dia seguinte e eu me senti uma piranha que merecia mesmo levar um pé na bunda. Passou-se dois anos, e eu não pensei mais nele, chorei uma semana depois daquela noite, mas em seguida o esqueci, me afundei em meus romances, filmes de mulherzinha e sorvete. Sempre amei sorvete. Faço duas horas de academia por dia desde os quinze para compensar a quantidade absurda de sorvete que eu ingiro.

Mas aos dezessete ele veio atrás de mim de novo e nós ficamos novamente por semanas até eu levar outro pé na bunda. Ele é bom no que faz, garotas, acreditem, e eu nunca consegui dizer "não" a ele, porque convenhamos, se você está carente e na seca, e um cara cafajeste, desgraçado e bom de sexo vem querer ficar contigo, você vai negar? Já disse que sou uma mulher típica. E não é preconceito quando digo que a maiorias das mulheres gostam dos cafajestes, é estatística.

E vivemos assim, até que depois da minha formatura em Direito nós ficamos novamente e ele me pediu em namoro. Eu nunca o amei, mas não iria negar sexo diariamente. Então fui idiota o suficiente para aceitar. E adivinha o que aconteceu? Levei chifre. Mas lá no fundo eu já sabia que isso ia acontecer.

Saio do banheiro e vou direto para o closet. Não olho no espelho, resisto a isso, já que depois de chorar mais no chuveiro o susto seria muito maior.

Coloco uma roupa para causar, um tubinho preto todo trapalhado no paetê e um salto 15. Cacheio os cabelos, faço uma make meio Rihanna com aquele batom roxo escândalo. E pronto, lá está a máscara novamente.

Provavelmente alguém na boate vai me confundir com uma prostituta, principalmente porque ainda é terça feira, mas com esse salto agulha eu posso impedir muitos homens de procriar, e acredite, sou tão boa nisso quanto a Ali.

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