Penúltimo Capítulo (Parte 1)

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Gente, eu não sei o que está acontecendo com o Wattpad, porque esse capítulo eu havia postado dia 27, e de repente vejo que não foi postado! Desculpem mesmo, é que com a correria do fim de semestre, TCC e tudo mais, eu acabei não entrando muito na plataforma pra conferir. Enfim, o penúltimo capítulo está aqui e na sexta eu posto o ultimo e o epílogo, okay? Uma semana cheia de luz pra vocês!!!

Alice

Focar em um lugar só parecia impossível. Saber onde estava e o que estava acontecendo, ainda menos provável. Eu fechava os olhos e os abria repetidas vezes, ansiando por conseguir uma imagem, até que aos poucos a minha visão foi ficando nítida e minha audição foi conseguindo distinguir os sons do ambiente.

Me vi em um quarto branco, que ofuscava meus olhos, e o barulho insistente das máquinas ao lado da cama, faziam minha cabeça latejar. Aos poucos tudo foi ficando mais coerente e eu percebi que estava em um hospital.

Então as memórias me invadiram e eu consegui me lembrar de tudo o que aconteceu. Alguém atirando, o medo me tomando, o carro girando rapidamente, a pancada e então a escuridão.

Olhei em volta ainda amedrontada e percebi um homem deitado em uma cadeira no fundo da sala, era o Théo. Como se tivesse percebido que estava sendo observado ele levantou, e veio até mim, o rosto repleto de preocupação.

— Ali? Finalmente! — Ele fechou os olhos por um instante como se estivesse agradecendo. — Estávamos todos tão preocupados.

— Estávamos? — Pergunto, com o corpo cansado e dolorido, na verdade, tudo em mim era dor.

— Sim, o Henrique principalmente, ele não saiu daqui um minuto, ficou todas as noites aqui, e quase não dormia direito, obriguei-o quase na base da força para que ele fosse descansar. — Pisquei, sem entender.

— Todas as noites?

— Você ficou desacordada por seis dias, Ali. Teve uma hemorragia interna, e não parecia acordar de jeito nenhum. Os médicos conteram a hemorragia e você não apresentou nada nas tomografias, e eles disseram que era algo como um trauma, e que só restava esperar você acordar.

Seis dias? Não consigo acreditar, parece que o acidente foi agora a pouco. Assinto vagarosamente, minha cabeça ainda dói. Ele disse que ia chamar a enfermeira, e saiu parecendo atordoado. Respirei fundo e encarei a parede branca a minha frente. Quem será que havia feito aquilo? Quem será que tentaria me matar? Porque é evidente que aquilo não tinha sido um acidente.

Théo me disse que já avisou a todos que eu acordei, disse que Henrique está vindo para cá. Apenas com a menção dele, minha boca curvou-se levemente para cima. Sinto tanta falta dele...

A enfermeira vem até mim e acende uma espécie de lanterna em meus olhos abertos. Perguntando com voz doce como eu estou.

— Bem, eu acho. — Respondo e ela assente. Verificando alguma coisa na máquina e anotando no prontuário que está em suas mãos.

— O Doutor Walter virá em alguns instantes para fazer uma bateria de exames, infelizmente é necessária. A senhorita deseja alguma coisa?

Neguei com a cabeça, e depois de avisar que voltaria para me buscar para os exames em alguns instantes, ela saiu, deixando-me com o Théo.

— Gostei dela. — Falei. Ela conseguia ser rígida e doce ao mesmo tempo, façanha essa que poucas pessoas no mundo conseguiam.

— Ela é uma boa profissional, também gostei dela.

Olho para ele com um olhar malicioso.

— Está desenvolvendo fetiche por enfermeiras, Théo? — Brinco e ele nega com a cabeça rindo, e então volta o olhar para os próprios pés. Fico curiosa sobre o porquê de sua recente mudança de humor.

Lei do RetornoWhere stories live. Discover now