Capítulo 15 - Henrique

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Como prometido, eu estou de volta! Pega um chazinho de camomila que o capítulo de hoje promete! Um grande beijo pra você, uma semana cheia de luz e muuuito obrigada por tanto carinho, vocês me fazem sentir-me amada e amo isso em vocês.


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O evento que a Laura organizou estava perfeito. Dessa vez ela se superou. Desde as cores à grande árvore de natal, à bela fonte do meio do salão ao profissionalismo da banda que animava a pista de dança. Tudo estava lindo. Alegre e sofisticado, do jeito que só Laura Chevalier é capaz de fazer.

Assim que chegamos, vi Alice vindo em nossa direção para nos cumprimentar, ela estava muito linda, mais do que eu já havia visto. Seu sorriso lindo quase me fez esquecer de apresentar-lhe minha esposa, que pareceu muito estranha quando lhe apresentei a Alice. Mas o que me intrigou mesmo, foi a cara que a Ali fez quando viu a Desiré, era um misto de surpresa e horror.

— Vocês já se conheciam? — Pergunto quando a Alice saiu.

— Claro que não, querido. Olha, eu vou ao banheiro rapidinho, acho que acabei borrando minha maquiagem quando saí do carro sem querer.

— Sua maquiagem está do mesmo jeito que estava quando você saiu de casa.

— Até parece que você não conhece as mulheres, eu não vou conseguir aproveitar a festa achando que estarei parecendo uma palhaça. É melhor eu ir, prometo que não demoro. — Ela me dá um beijo no rosto, e sem ter mais argumentos eu a deixo ir.

Passa quase meia hora, quando eu finalmente avisto a Desiré vindo ao meu encontro. Tento não dramatizar demais, mas o fato é que eu não queria me distanciar muito tempo dela essa noite. Ainda não engoli o fato de ela ter relutado tanto para vir ao evento.

Vocês não a conhecem, ela adora esse tipo de evento. Geralmente ela passa dias escolhendo o vestido perfeito, o sapato perfeito, e as joias então, ela encomenda com seu joalheiro especialmente para o evento anual. Seus olhos brilham toda vez que alguém a elogia por aqui, e um sorriso vitorioso sempre aparece em seu rosto quando uma das mulheres presentes a olha com inveja ou cresce o olho ao notar suas joias.

Mas esse ano não, seu vestido e até mesmo suas joias são familiares, já a vi usando antes, só não me lembro onde. Até mesmo seu cabelo, que ela sempre gosta deles soltos, estão presos em um coque, e ela odeia usar coque, diz que fica com cara de executiva careta. Estou achando muito estranha essa sua mudança repentina. E não sei por que, também não estou engolindo essa sua demora no banheiro.

— Vem, querido, vamos dançar. Já que eu vim aqui eu quero me divertir.

— Eu não estou a fim de dançar, Desiré. — Respondo mau humorado.

— Ah, para com esse mau humor. Você não fez tanta questão para que eu viesse? Pois bem, eu vim, e não foi para ficar bebendo em um bar, com certeza.

A contragosto eu fui até a pista de dança. A música que a banda tocava não me ajudou muito. Era a mesma música que eu dancei com a Ali dias atrás naquele barzinho. E dançar ela com a Desiré me fez parecer, não sei, estranho. Assim que para minha felicidade, a música acabou, ouvi a voz da Alice falando com a Desiré.

— Com licença, Desiré, você se importaria em me ceder uma dança com o Henrique? — A voz da ali é um misto de doçura e provocação.

Apresso-me em aceitar a dança, antes que a Desiré fale demais, pois a julgar pela sua cara, ela se importaria sim em lhe ceder uma dança comigo.

Segurei a mão da Ali e a conduzi até um pouco mais distante da Desiré. A banda começou a tocar uma música, pareceu ser internacional, não prestei muita atenção, mas era uma música lenta, o que muito me agradou.

Lei do RetornoWhere stories live. Discover now