Capítulo 6 - Henrique

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Bom diaaaa! Obrigada pelo carinho de todos que estão relendo ou lendo pela primeira vez. Espero que gostem de ler tanto quanto eu amei escrever! Beijão

cheguei cedo dessa vez rs

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Saí para almoçar com a Charlie tranquilo, ela é sempre leve e divertida. Mas a bomba que ela jogou no meu colo assim que sentamos no restaurante foi totalmente inesperada.

— O que foi aquilo no bar, Rick? — Ela me pergunta séria, para falar a verdade, mais séria do que eu já havia visto.

— Como? Aquilo o que? — Acho que sei do que ela está falando, mas quem sabe se eu me fingir de desentendido não resolve? Mas pelo visto não resolveu.

— Você sabe muito bem. — Ela me fuzila com o olhar, e quando eu permaneço calado ela respira fundo como quem tenta se controlar.

Na verdade, pelo semblante dela, estou com medo que ela voe no meu pescoço a qualquer instante.

Bien. Já que você teve uma amnésia repentina, eu vou tentar lembrá-lo. Em certa segunda feira, você, a Ali e eu fomos para um barzinho após o expediente. Ela, louca como é, te chamou para dançar e você, que eu pensava ser ajuizado, aceitou!

— Era só uma dança, Charlie.

Deveria ser só uma dança, Rick, mas não foi. Eu vi como vocês se olharam, a Ali procura desviar o assunto sempre que eu toco, mas eu sei o que eu vi. Houve um momento que eu achei que vocês iriam se beijar em plena pista de dança! Eu não sou burra, Henrique Ganzzali.

— Não estou dizendo que você é burra, apenas...

— Você é casado, Henrique. — Ela me interrompe. — Tem que se lembrar disso. Eu não vejo você como um desses homens cafajestes que vivem traindo as esposas, então, Rick, por favor, não seja um.

— Olha, a Alice...

— Não nasceu para ser a outra!

Fico em silêncio diante do tapa na cara que eu acabei de receber. É claro que ela não faz o tipo "outra", ela é linda, inteligente, decidida, divertida... Mas eu amo minha mulher. Eu nunca sequer cogitei em transformar a Alice em uma amante, nunca tive uma, sempre fui fiel, agora não seria diferente.

A quem eu estou querendo enganar? Por mais que eu force o meu consciente a não ter a Alice como minha, meu subconsciente insiste em tê-la como parte integrante da minha vida. Apesar de dormir com minha mulher, é ela quem mora em meus pensamentos. Na calada da noite, é aquele sorriso meigo e inocente, aquele olhar sutil e ao mesmo tempo voraz que me faz companhia. E é aquele corpo, belo, sem nenhum exagero, que satisfaz os meus sonhos e me obriga a tomar um banho frio toda manhã.

— E o que você sugere, Charlotte? Que eu me afaste dela? — Pergunto parecendo forte por fora, mas com um medo enorme por dentro.

— Não acho que seja preciso chegar a tanto. A Ali gosta muito de você e não me entenda mal, Rick, eu também. Por hora você faz bem a ela. Eu sei que ela parece forte, e realmente é, mas ela não é indestrutível. As únicas pessoas que poderiam quebrá-la são as que ela confia, uma lista muito pequena, mas você está nela.

Ela me olha com advertência.

— Se você a magoar, ela quebra. E eu te juro, por tudo que é mais sagrado, que se você quebrá-la, eu te faço em pedacinhos.

Pela cara dela, não parece ser uma ameaça vã, e sinceramente, me dá um pouquinho de medo. Mas entendo nesse momento o quanto ela ama a Alice e o quanto se importa com ela. Nesse momento, só consigo ficar feliz por Ali ter alguém assim ao lado dela.

Lei do RetornoWhere stories live. Discover now