Capítulo 9 - Alice

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Desculpa,  desculpa,  Desculpa! Aqui está o capítulo que devia ter sido postado hoje! Beijooo e obrigada pelo carinho ♥
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Acordo com o barulho irritante do despertador depois de uma noite sem sonhos. Arrasto-me para o banheiro e depois de alguns minutos sob a água quente, já me desperto por completo.

Olho no relógio e já estou bem atrasada, corro para escada e encontro a Charlie subindo.

— Nossa, você ainda existe! — Dramática.

— Bom dia pra você também, Charlie. — Murmuro descendo a escada e ela me acompanha.

— O que aconteceu com você ontem? Sua secretária me disse que você saiu mais cedo, e quando cheguei em casa você estava dormindo.

— Você não faz ideia do dia de ontem amiga, foi... Estranho. — Completo enrugando a testa.

— Como assim estranho? — Passo pela cozinha, pego uma maça e vou ao encontro do Gabriel, que nos espera ao lado do carro.

— Teve o Marco dando uma de arrependido que quer voltar. E depois teve minha mãe dando uma de... Mãe. E depois Dona Laura chorando de madrugada.

— Espera aí, meu processador é lento. Como assim? — Cumprimentamos o Gabriel, e seguimos para empresa.

Comecei a explicar tudo a ela assim que entramos no carro. E quando falei que o Marco está desconfiado que eu goste do Henrique ela arregalou os olhos.

— Espera aí, mas como ele sabe? — Ela pergunta surpresa.

— Gostaria muito de ter essa resposta pra você.

Entro no escritório e caminho para a minha sala, em frente a ela está Carlie atrás de sua mesa. Ela me cumprimenta e começa a repassar a agenda do dia.

Peço para ela me arrumar um cappuccino enquanto volto a estudar o caso Basset. Em menos de uma hora eu estarei de frente para o Leandro, esse primeiro contato é fundamental. Enquanto isso, ela me repassa uma ligação de Teodoro Basset.

— Bom dia, senhor Basset. — Cumprimento

— Eu acho que já falei sobre essa coisa de senhor.

— A que devo a honra, Teodoro?

— Você ainda não me informou sua decisão. Creio que já deve ter aceitado o caso a essa altura.

— Devo parabenizá-lo pela sua persistência. E sim, eu vou aceitar o caso.

— Eu sabia que estava procurando a pessoa certa. Por isso fui procurá-la em Nice.

— Me procurar em Nice? — Pergunto confusa.

— Sim, meu erro foi não procurar uma foto sua, senão eu teria lhe reconhecido no aeroporto. Quando cheguei à advocacia Chevalier de Nice, me disseram que a senhorita não estava mais trabalhando lá, e me passaram o endereço da Chevalier Brasil.

Isso foi uma grande novidade. O que o fez se interessar tanto por mim, para me procurar em outro país? Informo-o que vou visitar seu irmão hoje mesmo, e marco de encontrá-lo no dia seguinte para tratar da parte burocrática.

***

Olho para a sala ao redor de mim, vazia, com apenas uma mesa e duas cadeiras, uma de frente para outra. Em uma das paredes há um vidro que permite a polícia visualizar-me pelo lado de fora.

A porta se abre, para aparecer uma versão bem mais magra e abatida do Leandro que vi nas minhas pesquisas. Seu cabelo negro é muito parecido com o de seu irmão, claro que muito mais mal cuidado e bagunçado. Mas os olhos são de um bonito tom de cinza, a única coisa que o difere de Teodoro, além dos olhos, é o porte, bem mais magro, e aquele ar de superioridade e sedução que Teodoro possui, mas a semelhança é indiscutível.

Lei do RetornoWhere stories live. Discover now