Capítulo 5 - Alice

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Prontas pra mais um? Tô me recuperando e em breve eu volto a vida normal de proletária e não vou mais esquecer os dias da semana, juro! rs Beijooos e obrigada pelo carinho <3 

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— Eu juro que vou enlouquecer sem uma secretária! — Todo o trabalho acumulado apenas para mim está desviando minha atenção do que realmente importa.

— E por que não arrumou uma ainda? Eu já arrumei, não conseguiria sobreviver tão sobrecarregada assim.

— Você não entende. Eu preciso arrumar alguém em quem eu confio. E até agora não arrumei ninguém.

— Confiar, você? Considerando que de todas as pessoas que você conhece, você só confia em mim, no seu pai, na Eleanor, e eu acho que no Henrique, a probabilidade de que você encontre outra pessoa para confiar é quase nula.

— Nem me fale, estou pensando seriamente em trazer a Eleanor pro Brasil.

Nós começamos a rir. O que aquela senhora, baixinha e invocada ia achar de morar no Brasil? Nem que eu lhe pagasse um milhão ela deixaria Nice.

— Posso saber o que é tão engraçado? — Pergunta Henrique entrando na sala.

Durante toda essa semana eu tento me acostumar a vê-lo todas os dias, mas acaba ficando mais difícil com ele ficando cada dia mais lindo.

— Eu estou rindo da Ali ter passado uma semana inteira entrevistando candidatas e não ter escolhido nenhuma para ser sua secretária.

— E eu estou rindo pelo mesmo motivo. — Me pronuncio.

— Por que você não contrata minha filha? — Sugere ele, sentando-se ao lado de Charlie. — Ela já tem dezoito anos, está no segundo semestre de Direito, e modéstia à parte, puxou a mim no quesito inteligência.

— Se ela for de confiança eu posso até relevar sua falta de intelecto. — Brinco, e tanto eu quanto Charlie caímos na gargalhada com sua suposta cara de ofendido.

— Posso pedir para ela vir aqui amanhã.

— Sério? Vou ficar te devendo essa.

— Olha que eu também sou bom em cobrar dívidas viu.

Eu ri, lembrando do meu argumento para conseguir dançar com ele.

— Então o que vocês acham de um almoço?

— Eu vou ser obrigada a recusar, Rick, vou ter um almoço com um cliente em potencial hoje.

— Ah, mas eu posso! Eu sirvo, Rick? — Charlie faz uma carinha sensual.

— É claro que sim, Charlie — Ele direciona aquele sorriso que me faz derreter para ela, e minha mão já começa a suar.

Uma sensação estranha toma conta de mim, parece mais com... Ciúme? Não, não faz sentido ter ciúme da Charlie, na verdade não faz sentido ter "ciúme" de ninguém, afinal ele não é meu. Preciso tirá-lo da minha cabeça. O quanto antes!

— Você paga! — Ela avisa enquanto eles saem da minha sala.

***

Escolho uma mesa reservada em um restaurante francês, próximo ao escritório. Demora poucos minutos e ele aparece. Tentei não mostrar em meu rosto a total incredulidade que estava sentido.

Aqueles olhos. Eu reconheço esses olhos. Negros, extremamente negros.

Prendo a respiração enquanto ele me cumprimenta.

— Você deve ser a senhorita Chevalier. — Respiro fundo e abro um meio sorriso, tentando ser simpática.

— A própria. E o senhor deve ser Teodoro Basset. — Ele confirma. Meneio a cabeça indicando para que ele se sente na cadeira em frente à minha.

Lei do RetornoOnde histórias criam vida. Descubra agora