69: Amor e prazer

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Hyungwon teve que pagar de professor e dar sermões para Myungdae e os outros jovens, o que não foi nada agradável, mas também não foi difícil. Ficou sabendo que Kakuji voltou e já previa o humor do Oyabun ao saber de tudo que aconteceu na sua ausência. Mandou mensagem para Gun e ele disse que resolveria aquilo, e para não se preocupar. Não é como se dizer isso fizesse ele de fato não se preocupar, mas deixou nas mãos de Gun por enquanto.

Shownu avisou que Satoru havia aceitado a proposta, o que surpreendeu o Chae e o deixou mais esperançoso que pudesse convencer seu oyabun. Como alguém de confiança de Kakuji, Hyungwon resolveu ir até a mansão e conversar pessoalmente com Satoru. Se tivesse sorte conseguiria convencer Kakuji mais facilmente com a ajuda do próprio Satoru, mas bem, ele só saberia tentando.

Pegou sua moto e acelerou até a mansão da Towa, já conhecendo o caminho. Logo na entrada do portão já podia ver destroços e materiais de construção, bem como a movimentação dos membros que trabalhavam sem parar. O escapamento de sua moto anunciava sua chegada pelos portões e ele estacionou perto na entrada, tirou o capacete e viu que os membros o olhavam meio confusos, mas não pareciam hostis. Desligou a moto e foi até um rapaz mais perto, era um dos irmãos Park, embora Hyungwon não soubesse disso.

— O Oyabun tá na mansão?

— Ah, tá na verdade. — respondeu secando o suor da testa. — Acho que está na sala dele. Eu posso te levar lá.

Negou com a cabeça com um fraco sorriso. — Tudo bem, eu sei o caminho, e você está ocupado.

Ele concordou, mas falou antes do Chae sair. — Como meu irmão está?

— Seu irmão?

— É, um idiota alto com o braço quebrado.

Hyungwon se lembrou de ter visto alguém assim no posto. — Ah, sim, ele está bem. Changkyun tá de olho nele.

— Valeu por cuidarem dele. — dava para notar que ele tentava ser gentil, mas se sentia estranho falando com um Inagawa.

— Claro, não foi nada. — sorriu. — Bom. — e fez uma leve reverencia com a cabeça, entrando na mansão.

No percurso até o segundo andar pôde ver a destruição e bagunça que aquele lugar estava, mas as reformas iam rápido. Algumas pessoas cochichavam ao verem ele. Subiu as escadas, passou pelo corredor e caminhou até a direção da sala do Oyabun da Towa, que já conhecia mesmo indo poucas vezes lá. De frente para a porta, bateu três vezes, quem abriu foi Jooheon, que pareceu meio surpreso ao lhe ver.

— Hyungwon.

Por cordialidade, o Chae reverenciou levemente com a cabeça. — Espero que o oyabun tenha um tempo para conversar comigo.

Jooheon olhou por cima do ombro para o pai e para Shownu, que tinham a atenção voltada para a porta agora.

Satoru fez um sinal com a cabeça como que permitindo sua passagem. Hyungwon entrou e Jooheon continuava segurando a porta aberta. — Bom, tenho que resolver algumas coisas, então já vou sair. — e com a confirmação do pai, ele saiu, dando um último olhar para os dois amigos ali, depois passou e fechou a porta.

Shownu estava de pé na frente do Nomura, também de pé e apoiado na sua mesa. Hyungwon se aproximou e se reverenciou para o Oyabun, depois fez uma leve reverencia para Shownu, que retribuiu por código de conduta. — Não esperava ver Chae Hyungwon aqui tão cedo. — Satoru falou e ergueu a mão na direção das poltronas ao redor de uma mesinha.

O Chae foi até lá e se sentou. — Devo dizer que não foi Kakuji quem me mandou.

— A não? — disse indo até uma pequena cristaleira com copos e whisky.

Black X WhiteWhere stories live. Discover now