15: Por que só agora?

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— Para onde agora? — Hyungwon estava agachado a sua frente.

Kihyun, que estava ajoelhado, desdobrou a folha e a analisou. — Direita.

— Tem certeza? É a terceira vez que dobramos a direita e eu acho que estamos andando em círculos

— Está no mapa.

— Deixa eu ver isso aí. — Pegou o mapa das mãos de Kihyun.

Eles estavam dentro do duto de ventilação, o que foi uma ideia melhor que ir pela encanação do esgoto. Chae pegou a folha e a virou, a planta do local estava toda mapeada e os dutos pareciam uma espécie de labirinto de ratos. Era difícil de saber onde exatamente estavam, mas levando em conta que estavam andando em círculos, sem dúvida não era para a direita.

— Vamos, eu acho que é reto.

Ele ficou de quatro e engatinhou em direção reta com Kihyun o seguindo logo atrás. Após várias curvas e paredes sem saídas, eles finalmente acharam o local. Hyungwon sinalizou para o Yoo. Dois dedos apontados para os olhos e depois um para baixo, para abertura que dava para uma sala. Olha isso.

Kihyun se aproximou mais e olhou pela abertura com tela em horizontal, como venezianas espaçosas. A sala era branca e cinza, várias telas de televisão e monitores estavam compactas na parede, um ao lado do outro. Uma mesa com um painel de controle, dois computadores e um notebook estava abaixo das telas e em sua frente, sentado em uma cadeira, estava um homem gordinho que vigiava as câmeras enquanto comia um pacote de salgadinho e se sujava todo. Ele não parecia ameaçador, pelo menos, não mais que um guarda de Shopping. O que era ameaçador era um botão de alarme no cinto, onde ele poderia apertar e chamar reforços facilmente.

Yoo apontou para si mesmo e depois para a passagem. Eu vou. Hyungwon negou com a cabeça, fez um sinal com o dedo indicador, girando duas voltas de 360° e depois apontou para Kihyun e para a passagem a sua esquerda, apontou para si mesmo e para a passagem abaixo deles. Você faz a volta pela a esquerda, eu vou por aqui. Kihyun deu de ombros e fez um O.K com o dedo indicador e o polegar. Hyungwon ficou esperando Kihyun fazer a volta, o que não demorou muito a acontecer, ele foi para o duto da esquerda, puxou a grade da passagem para cima, Hyungwon fez a mesma coisa, espiou o "segurança de shopping" e quando ele se distraiu juntando um salgadinho que havia caído no chão, ele sinalizou para Kihyun e então ele desceu o duto, pulando pelo buraco do teto, se acocando no chão pelo impacto e ficando de pé logo em seguida. Assim que o segurança se levantou e olhou para as imagens das câmeras de segurança, avistou Kihyun do lado de fora da sala, na porta. Se levantou, pegou sua pistola das costas e foi até a porta. Era a chance de Hyungwon, enquanto o homem se ocupava com Kihyun, Chae passou pelo buraco, ficando pendurado pelas mãos, a queda não era muito longa, quando se soltou amorteceu o barulho se agachando. O homem ameaçou olhar para trás, mas Kihyun o interrompeu.

— O departamento de limpeza. — Falou rapidamente.

— Não temos um departamento de limpeza. — Afirmou. — Pela última vez, se identifique.

Hyungwon foi até o painel de controle na mesa, ao lado dos computadores e conectou um pendrive, olhou de relance para trás e começou a digitar o mais rápido e silenciosamente que conseguia.

— Não temos, mas eles precisavam de alguém para cuidar de tudo isso. — Começou a enrolar. — Quem você acha que limpa o porão depois dos interrogatórios? Ou você acha que aquele sangue todo se limpa sozinho.

Aquele era o papo mais furado que o Chae já havia ouvido, quase pior que os planos de Wonho. Quase. Mas para a sua surpresa, o homem abaixou a arma e coçou o queixo. — Faz sentido, o último cara foi demitido quando esqueceu de limpar a banheira com o dedão do pé de um drogado com muitas dívidas.

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