71: Só eu

69 6 161
                                    


Gun colocou a garota sobre o ombro e a carregou para outro canto, pois não demoraria para que mais chineses aparecessem. A mensagem em seu celular, com a foto de Kihyun amarrado, lhe dava uma coordenada de onde fariam a troca, não muito longe dali, em algum cômodo do andar de cima.

O Song estava preocupado com o namorado, mas sabia que Kihyun não era nem um pouco fraco ou indefeso, e se manteve focado em carregar a garota sem ser percebido, ao mesmo tempo que tentava ser rápido.

O restaurante/condomínio já estava particularmente agitado, e com toda a confusão que causou na cozinha, não duvidava nada que logo a polícia se envolveria, e aí tudo seria duplamente complicado.
Mantendo-se o mais discreto que conseguia, sentiu a garota começar a reagir, acordando, e se apressou mais. Enfim, após muito se esgueirar e forcejar, encontrou o quarto certo, com um número em cima da porta como em um hotel. A garota acordou completamente e balbuciou alguma coisa incompreensível por entre a mordaça, se debatendo como conseguia com as mãos atadas nas costas, parecendo um peixe fora d'água. Estranhamente aquilo lhe recordava de quando sequestrou Changkyun, e o fato de ser bastante eficiente em sequestros não era algo exatamente agradável de se constatar.

Com um único movimento, soltou a garota no chão, segurando um de seus braços e agora com sua pistola apontada para uma das têmporas dela, que não parecia nem um pouco intimidada. Agora pronto, abriu a porta com a mão que segurava a arma, só não a chutando pela necessidade em ser discreto. E mesmo sabendo da possibilidade em ser uma armadilha, não teve alternativa e entrou. Não foi difícil e muito menos demorado encontrar Kihyun naquela paisagem pequena. Assim que passou pela porta viu o namorado parecendo muito mal-humorado, amarrado a uma cadeira perto de uma escrivaninha, e um homem que de início não reconheceu, de costas, meio sentado na escrivaninha. Um pouco mais afastado, um outro homem, em posição de guarda, que assim que lhe viu entrar mirou a arma para si.

Com a refém em mãos, Gun entrou e fechou a porta, em busca de ser mais discreto, depois se aproximou dois passos, olhando para Kihyun com certa preocupação. O Yoo devolveu o olhar, mas tranquilizador, quase como se dissesse que estava tudo bem.

O homem sentado na escrivaninha não se virou mesmo ouvindo a porta abrir, segurando a arma na mão sem nem apontar para Kihyun. — Finalmente chegou. — a voz familiar disse, enfim desencontrando da escrivaninha e se virando para Gun. Era o Park mais irritante de todos. — Se perdeu na curva?

— Kwangji. — Gun disse com irritação.

— O próprio. — suspirou como que com tédio e deu a volta na cadeira de Kihyun, ficando atrás dele, e olhou para Gun com uma sobrancelha erguida, em uma pergunta muda que não precisava nem ser proferida.
Gun suspirou também, olhou para o segurança armado e abaixou a arma, empurrando a garota em sua direção. O segurança segurou seus braços e olhou para Kwangji, que acenou com a cabeça. Seu segurança anuiu e saiu com a garota do quarto, fechando a porta. — Sua vez.

— Relaxa. — sorriu de canto, quase com deboche, e guardou a arma no cós da calça. Levou a mão até a coxa do Yoo quase de forma provocativa, pegando sua faca, coisa que Gun odiou profundamente, e então cortou a braçadeira de plástico dos pulsos de Kihyun, que se levantou da cadeira instantaneamente, arrancando a mordaça da boca e a jogando no chão com violência.
— Porra, Kwangji, vai se foder!

Kwangji riu com a garganta. — Calma benzinho, não tenho culpa se você estava distraído.

Gun se aproximou de Kihyun, como que para garantir sua segurança. — Melhor irmos embora, a polícia logo estará aqui. — segurava o braço do Yoo, protetora e territorialmente.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Jan 15, 2023 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Black X WhiteOnde histórias criam vida. Descubra agora