9: Vidro fumê

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— Hey, Chang. Vamos sair para beber soju, você vem? —  Yoonho perguntou. Ele estava com um braço por cima dos ombros de Joyce, alguns médicos e enfermeiras que já haviam terminado o expediente se juntaram a ele.

Como Chang teve que cobrir o horário de um amigo seu que havia faltado naquele dia, teve que trabalhar das 07:0 ás 12:00 e das 14:00 ás 19:00. Estava exausto, principalmente por uma cirurgia delicada que teve que fazer em um idoso, mas estava feliz por estar de volta ao trabalho. Olhou para o relógio, constatando já estar no final do expediente.

— Não sei, eu ainda preciso passar no mercado. — Era verdade, mas não só isso. Chang geralmente só ia para o trabalho e do trabalho para a mansão, no caso, agora, para o apartamento de Jooheon. Ele tinha certa desconfiança e medo de que algum mal pudesse lhe acontecer.

— Você pode passar depois. Vamos, faz tempo que não saímos. — Insistiu, pondo as mãos em seus ombros e o balançando levemente para frente e para trás. — Vai ser divertido.

— Tá, tudo bem, eu vou. — Sorriu.

— Yes! — Fechou uma mão em punho e fez um movimento que parecia que estava dando uma cotovelada na cabeça de um anão, comemorando.

Chang trocou de roupa rapidamente. Alguns foram na frente e iriam lhe esperar no estabelecimento, mas Yoonho, Dr. Jung e uma enfermeira de 1,65 de altura, cabelos negros com um corte Chanel e pele clara, que Chang lembrava se chamar Shin-alguma-coisa, estavam o esperando do lado de fora.

Eles resolveram ir andando até a churrascaria onde beberiam e se banqueteariam à vontade, afinal não poderiam dirigir depois de beber de qualquer forma e andar um pouco e tomar ar fresco lhe faria bem.

— É sério! A Joyce está mesmo na minha. — Yoonho tentava convencer os amigos.

— Cai na real, Yoonho, a Joyce tem namorado. — Shin tinha as mãos escondidas do vento no bolso do casaco de jeans e um pirulito na boca.  — E aliás, é bem bonitão.

— Se o Dong-Bae descobre que você está dando em cima dela, você está ferrado. — Jung esfregou uma palma da mão na outra, procurando calor.

Chang se arrependeu de não ter pegado um casaco. Esfriara de noite e ele estava só de calça, camisa e uma bolsa transversal.

— O que aquele neurocirurgião pode fazer? — Estalou a língua com insignificância. — Eu não tenho medo dele.

— Estão falando de mim? — Dongbae apareceu atrás de Yoonho, que deu um pulo no lugar, parecendo um gato arisco.

— Da onde você surgiu? Não estava com a Joyce? — Yoonho perguntou. Dongbae ficou ao lado do rapaz, ficando um ao lado do outro respectivamente nesta ordem: Dr. Jung, Yoonho, Dongbae, Chang e Shin.

— Estava, mas esqueci minha carteira e voltei para buscar. — Falou encarando Yoonho, que era alguns centímetros mais alto, mas Dongbae compensava no físico, que era claramente mais forte que o de Noh. Dongbae o encarou de maneira ameaçadora.  — Yoonho… fica esperto. — E acelerou o passo, andando na frente deles.

Yoonho engoliu a seco e ficou parado vendo o outro sumir.

— “Não tenho medo dele”. Sei. — Shin caçoou.

— Eu não estava com medo, só me assustei. — Se defendeu. — Aquele cara parece uma assombração brotando do meu lado do nada.

— Aham. — Riu a garota e todos voltaram a andar.

— Aish! — Reclamou chutando uma latinha do chão para fora de seu caminho. — Aquele idiota, quero ver a cara dele quando a Joyce trocar ele por mim.

Black X WhiteOnde histórias criam vida. Descubra agora