24: A promessa

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— E o que você quer?
Shownu pôs as duas mãos em sua cintura e a apertou. — Fazer algo sem significado.

Em um ato rápido as mãos do mais velho já colavam os corpos e recomeçava o beijo, sem a resistência de Hyungwon, que simplesmente correspondia com a mesma intensidade. O ato foi duradouro, de forma que o selar só foi desfeito quando o ar em seus pulmões se esvaiu. O Chae tinha os braços ao redor dos ombros de Shownu, rostos próximos e olhos recém-abertos.

— Tem certeza que quer fazer isso? — Hyungwon perguntou, assim que sua respiração se normalizou. — Você pode se arrepender depois. O Minhyuk...

Sua fala foi interrompida por um rápido selar. — Não pergunta nada, por favor.

Mais uma vez Son o puxou pela cintura, mas dessa vez apenas o envolveu em um abraço e escondeu seu rosto na curvatura do pescoço do mais novo, suspirando em seguida. Hyungwon ficou em silêncio por um tempo e então levou suas mãos aos ombros do mais velho, o afastando lentamente, com as mãos agora na lateral de seu rosto ele o levantou e fitou-o calmamente.

— Faça o que quiser.

Foi a deixa para que Shownu iniciasse mais um beijo, mais afoito e necessitado do que o anterior. As línguas travavam uma guerra por liderança, as mãos deslizavam livremente nos corpos alheios, as respirações descompassadas se mesclavam uma na outra e nem um dos dois se importava de estar ao ar livre. Provavelmente nem pensaram na possibilidade de alguém os ver, ou talvez soubessem que aquela rota era praticamente deserta, especialmente a esse horário. Sem desfazer o contato dos lábios, Shownu vai até seu carro, fazendo Hyungwon andar alguns passos de costas até se encostar na lataria vermelha-esmalte do Hyundai. Os beijos estalados e respirações ritmada era a única coisa que se podia ouvir na calada da noite, ninguém os pegaria ali, as estrelas eram suas testemunhas e a lua minguante sua cumplice.

As mãos do mais velho adentraram a camiseta do segundo, explorando o corpo magro e bem definido de Chae, enquanto que seus lábios se ocupavam agora em lhe sugar o pescoço. Hyungwon soltava arfares enquanto mantinha os olhos fechados e a cabeça levemente pendida para trás, deixando seu pescoço mais amostra. As mentes não raciocinavam mais direito e nenhuma palavra precisava ser dita. A sensação delirante de ter as mãos do maior em si e ter o corpo do outro em suas mãos era simplesmente gratificante para ambos. Uma das mãos de Son saíram de dentro de sua veste e se direcionou até sua nuca, intensificando o osculo do recém beijo. Em seguida essa mesma mão foi para a gola de sua jaqueta e de sua blusa, simultaneamente, puxando ambas para baixo do ombro e deixando à mostra a clavícula marcada do passivo, que apenas disfrutava de tais sensações. Shownu se deliciou com sua pele, lambendo, chupando e dando leves beijos. Enquanto voltava a beijar o Chae, com a destra agora em sua cintura, levou a canhota até a porta traseira do carro, a abrindo. Separaram-se por breves momentos. Hyungwon olhou para a porta do veículo aberta e já sabia o que fazer. Dessa vez foi ele a empurrar Shownu, de forma a conduzi-lo para dentro do carro. A porta foi fechada assim que ambos entraram. Hyungwon se via sentado no colo de Son, as pernas de cada lado das do mais velho. Foi o Chae que tomou a iniciativa dessa vez, também. Se aproximou e o beijou enquanto segurava em sua nuca, emaranhando os dedos nos curtos fios de seu cabelo escuro. Shownu tinha as mãos nas coxas de Chae, suspirava entre o beijo intenso e quente. Tão quente quanto seus corpos suados e palpitantes. Em um ato nada contido ou constrangedor para Hyungwon, ele começou a rebolar levemente no colo de Shownu, arrancando gemidos baixos e roucos deste.

Se afastando levemente de Hyunwoo, Chae consegue presenciar uma cena que nunca achou que veria vinda do mais velho: o semblante excitado e contido de Shownu, controlando a respiração, cabelos bagunçados e colados na testa por uma fina camada de suor, gemidos baixos, mas audíveis e as mãos possessivas em suas coxas. Aquela cena era possivelmente a mais excitante e pornográfica que já vira e jamais ousou imaginar e sem dúvida lhe foi um belo estimulo a continuar. A sensação de estar o agradando, de ser o responsável por suas reações deliciosas, o incentivava.

Black X WhiteWhere stories live. Discover now