57: Uma guerra particular

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— O que foi que aconteceu? — Changkyun perguntou para Shownu à duas cadeiras de distância. Jooheon e Gun acabaram de sair da sala.

— Algum problema com BongIn e Kihyun. — O mais velho respondeu.

Enquanto isso o julgamento de Minhyuk se encerrava, com os últimos assuntos burocráticos sendo resolvidos e os membros já se levantando para ir embora. Os kobun notaram quando Jooheon e Gun não estavam mais presentes e isso levantou suspeitas. Agora o local tinha cerca de 21 pessoas e tudo parecia mais calmo. Minhyuk recebeu uma punição relativamente leve e uma multa, o que era melhor do que o esperado, enquanto Hoseok receberia sua pena por Kakuji, que, segundo Satoru, seria informado e exigido que julgasse o Shin, mas Hyungwon parecia tranquilo quanto a isso, o que acalmou Changkyun, que imaginava um cenário muito mais catastrófico.

— Decidido o devido julgamento, esse caso se vê agora encerrado. — Satoru terminou, juntando os papeis de cima de sua mesa e os batendo levemente contra a madeira, endireitando-os.

Estavam todos se levantando para ir embora, mas Hoseok repentinamente se alarmou. — Parem!

Surpresos pelo quase grito do Shin, todos pararam e o olharam confusos. — O que houve? — Minhyuk foi quem perguntou.

— Fiquem quietos um segundo. — Pediu como se prestasse atenção em algo. Os membros se entreolharam sem entender nada, mas Wonho apenas se agachou e pôs uma mão do chão. Não se sabia se ele tentava ouvir algo ou sentir com o olfato, talvez os dois, mas o comportamento do outro estava estranho.

O Oyabun já estava impaciente. — O que está havendo?

E quando os membros começaram a se movimentar novamente, o Shin se levantou depressa. — Vão para longe da porta! Tem uma bomba! — Mas as pessoas estavam confusas, sem reação. Minkyun, que estava mais no fundo, perto da porta, começou a olhar em volta à procura de algum dispositivo. — Agora!

E com isso metade correu para o lado oposto da sala e metade ficou estática sem saber se aquilo era sério. A explosão veio no instante seguinte e Hoseok já estava com os braços ao redor de Minhyuk. Hyungwon se apressou e foi até o Oyabun, o puxando para se sentar ao chão atrás de sua mesa. A porta explodiu e parte do teto cedeu, cobrindo a entrada com escombros. Shownu puxou Changkyun para se abaixar naqueles acentos de madeira e cobriu sua cabeça. Os acompanhantes dos kobuns da Yamaguchi e da Sumiyoshi se jogaram sobre eles ao chão, para os protegerem da explosão, Minkyun correu para o final da sala, mas por estar praticamente ao lado da porta não conseguiu evitar ser pego pela bomba e o impacto o fez voar alguns metros para a frente. O cômodo tremeu ruidoso e todos caíram no chão. Seokwon não teve nem tempo de entender o que estava acontecendo e já se via sentado no piso com os baços em X sobre o rosto. Alguns membros conseguiram se proteger o suficiente, mas alguns estavam caídos, mortos ou quase, no chão, cobertos por farelo de destroços e sangue.

Changkyun sentiu seu coração bater forte no peito, as vibrações que a bomba causou passando por todo seu corpo, seus ouvidos zumbindo pelo barulho alto e sua cabeça confusa e atordoada. As lâmpadas estouraram, os deixando no escuro e com grande quantidade de poeira no ar. As cadeiras e poucos móveis estavam arremessados e quebrados, as pessoas estavam todas deitadas ou sentadas escoradas a algo e o silêncio só era cortado pelas recentes tosses e gemidos de dor.

O Im ergueu o corpo, que antes estava deitado pelo impacto, e olhou ao redor. Estava tudo um caos. Hoseok afastou-se do abraço e segurou o rosto de Minhyuk nas mãos. — Você está bem?

— Estou. — Respondeu ainda atordoado.

Hyungwon e Satoru se levantaram detrás da mesa e estavam ilesos, nem a sujeira que estava presente nos outros pareciam ter alcançado ambos. Shownu ao lado de Changkyun tinha o antebraço ferido por um destroço que o atingiu e seu rosto sujo de fuligem. Seokwon se sentou melhor, um pouco tonto, e então recobrou os sentidos.

Black X WhiteWhere stories live. Discover now