5: Guerra

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—  Vamos Hoseok, temos que ir para não pegar trânsito. — Hyungwon batia na porta do banheiro impaciente.

— Tá. — Abriu a porta, agora arrumado. Vestia uma calça jeans preta rasgada nos joelhos, uma blusa branca de mangas compridas e um sobretudo marrom-claro por cima. Hyungwon estava do mesmo jeito, mas vestia uma blusa preta e um casaco vermelho xadrez por cima. — Ainda não entendi o porquê de Kakuji nos mandar para explicar o motivo da espionagem. Você eu até entendo, mas eu?

— É, você não é o melhor diplomata. — Hyungwon concordou. — Mas Kakuji têm seus motivos, sem falar que Gun ainda está incapacitado e Kihyun está em missão.

Ambos saíram da casa, era bem cedo, em torno das sete da manhã. Hyungwon resolveu ir de carro, Wonho sentou no banco ao seu lado trocando as estações da rádio até parar em um Rock agitado, que identificou como Pink Floyd.

A ideia de irem a empresa POSCO sozinhos, para falar com Satoru em nome da Inagawa-kaï parecia suicídio para Wonho, mas se isso fosse o necessário para evitar um conflito maior, então que seja. Talvez esse fosse o motivo de Kakuji ter o eleito à missão. Um diplomata e um suicida. Perfeito!

— Quando chegarmos lá, tente não explodir nada. — Hyungwon prestava atenção na estrada.

O Shin sorriu. — Vou tentar.

Hyungwon balançou a cabeça sorrindo. — Hey, como está o tornozelo?

Wonho balançou em círculos o tornozelo. — Está melhor.

— Vê se toma mais cuidado da próxima vez, você e Kihyun quase foram explodidos.

Deu de ombros. — Quase, mas não fomos.

— Sábado terá uma festa na casa do Yoosu para comemorar que ele voltou da missão. — Hyungwon agora dirigia só com uma mão no volante enquanto a outra levava um copo descartável de café até os lábios.

— Fala sério! Aquele desgraçado sobreviveu? — Sorriu.

— Aquele lá é ruim de morrer. — Riu. — Ele nos convidou, estava pensando em ir. Acho que todos nós precisamos esfriar a cabeça, seria bom para Gun e Kihyun também.

— Claro, se a gente sobreviver até lá. Por que não? — Deu de ombros.

Chae pôs o copo de volta ao apoio. — Você é tão otimista. — Disse com sarcasmo. — Chegamos.

Ambos soltaram os cintos e desceram do carro. Nem um deles estava com armas visíveis, assim que passaram pela porta da empresa foram barrados por dois guardas.

— Viemos falar com Satoru Nomura. — Hyungwon falou com a voz firme.

— Vocês têm hora marcada? — Um dos seguranças, careca e alto, perguntou.

Wonho deu um passo à frente com um sorriso de canto. — Tenho certeza que ele vai gostar de ouvir o que temos para falar.

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Seria mais fácil convencer um peixe que ele podia voar do que os irmãos Park que ele só estava indo trabalhar.

— Você não pode sair enquanto não for interrogado. — Um deles, o que vestia vermelho, falou.

— Seria péssimo se vazasse alguma informação aqui de dentro. — O irmão mais baixinho e invocado terminou.

Suspirou. — Eu já disse que só estou indo trabalhar. Não contarei nada a ninguém. — Repetiu, pelo que parecia a vigésima vez.

— E o que te impede de ligar para a polícia e dizer que está sendo mantido em cárcere privado pela máfia? — Sugeriu o menor deles.

Black X WhiteWhere stories live. Discover now