42: Círculos sempre dão no mesmo lugar

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— Seung, eu já lhe disse, eu não vou falar com Jooheon sobre isso. — Satoru repetiu.

— Você precisa falar, e se ele descobrir por conta própria? Será muito pior. — O gerente falou.

O Oyabun negou com a cabeça, confortável em sua poltrona do escritório. — Ele não irá descobrir, eu já queimei aqueles documentos.

— Satoru.

— Não. — Interrompeu. — Por que está insistindo nisso tão repentinamente? Eu não quero mais ouvir nada, já disse minha decisão, agora volte para a empresa e termine aquela papelada.

Seung suspirou. — Tudo bem, não vamos mais falar sobre o assassinato dos pais de Jooheon, mas tenho outra coisa para conversar.

O Oyabun tirou os óculos de leitura do rosto e o repousou em cima de seu notebook, cruzando os dedos das mãos sobre a mesa. — Tá legal, eu já vi que você não vai me deixar em paz hoje. — Fez um gesto com a cabeça. — Comece logo.

— É sobre o Minhyuk. — Falou. Ele estava de pé de frente para a mesa de seu superior. — Sua decisão foi equivocada.

— Ah, por favor Seung-Hyun, não me venha você também com essa palhaçada.

— Satoru, quer, por favor, apenas escutar? — Falou frustrado. O Oyabun massageou as têmporas e fez sinal para que prosseguisse. — Eu compreendo o motivo de suas suspeitas, mas você foi muito precipitado em tomar essa decisão. Você sabe que o Minhyuk está conosco desde pequeno, ele não seria capaz de fazer uma coisa dessas. Além disso, ele é nosso melhor sniper e possivelmente um dos melhores da Yakuza, não podemos ser imprudentes.

Satoru se levantou de sua poltrona e deu a volta na mesa, ficando de frente para o gerente. — Eu entendo seu ponto de vista, mas você sabe o que está em jogo. Justamente por Minhyuk ter estado tanto tempo na Towa que ele é perigoso. Ele sabe muito e teria muita facilidade em descobrir coisas importantes. Se ele fosse o infiltrado poderia.

Se ele fosse. — O cortou. — Não quer dizer que ele seja.

— Seung. — Falou com um suspiro.

O mais novo sorriu fraco. — Você sabe que eu estou certo. Vamos, Satoru, tente entender a situação. Você está pondo em risco um dos nossos melhores soldados, e acusando um de seus próprios membros só está expondo a Towa ao ridículo. Além disso Minhyuk é amigo do Hojoon, ele ficará chateado com você se continuar com isso, e ele já tem motivos o suficiente para se chatear com você. — Satoru pareceu cogitar, mas ainda estava hesitante, então o gerente continuou, pondo as duas mãos em seus ombros. — Eu só peço que suspenda as buscas por Minhyuk por um tempo, até lá Shownu e os outros procurarão o culpado verdadeiro e você poderá evitar perder nosso melhor sniper.

— Por que você está sempre certo? — Deixou escapar uma baixa risada. — Tá, tudo bem, eu darei três dias, e nada mais.

Seung sorriu. — Obrigado, isso é o suficiente. — E tirou as mãos de seus ombros. — Eu vou voltar para a empresa, pense no que te falei sobre contar ao Hojoon. — E então deu as costas, mas o Oyabun segurou seu pulso antes que ele saísse.

— O que você está me escondendo?

— Não seja bobo, eu não estou escondendo nada. — O Nomura o olhou com uma sobrancelha erguida e o mais novo apenas sorriu, se virando novamente para sair, mas seu pulso ainda estava sendo segurado.

— Vai sair assim?

— Vou, a menos que você decida contar para ele. E então, vai contar?

O Oyabun revirou os olhos e o puxou, entrelaçando seus braços na cintura do mais novo e dando um rápido selinho em seus lábios. — Você tem que parar de me subornar assim.

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