— Vocês precisam sair daí! — Wonho falou com preocupação, ao ver pelas câmeras a situação que Changkyun e Eun Tak estavam.
— Corremos? — Changkyun olhou para Eun Tak a procura de respostas.
Negou com a cabeça. — O cachorro vai nos farejar. Nós precisamos... — Fez um gesto com a cabeça, insinuando sua intenção.
— Não, eu não posso... Não consigo...
— Me escuta. — Sussurrava. — Estamos sem tempo e essa é nossa única opção, a não ser que um milagre aconteça.
Lim suspirou suando frio. Ele não podia matar alguém, mas não poderia se deixar ser morto, ou seu colega. Os seguranças repetiram a pergunta se tinha alguém ali enquanto se aproximavam. Changkyun mordeu o lábio inferior nervoso com a decisão que tomaria. Apertou as mãos forte ao redor do cabo da pistola e anuiu.
— Vamos fazer isso.
O companheiro assentiu quase em um suspiro e se levantaram de onde estavam agachados, se preparando para disparar e então, para a surpresa de todos, as luzes se apagam.
— O que é isso? — Um guarda perguntou. — Será que a chave caiu?
— É nossa chance, vamos passar por eles enquanto a luz está apagada. — Sussurrou Eun Tak.
Chang não enxergava nada, mas direcionou seu rosto na direção da voz do outro. — Mas e o cachorro? — Lim perguntou em um sussurro ainda mais baixo que o de Eun Tak.
— Eu cuido dele. Vão. — O Lim deu um pulo quando ouviu a voz de SungJoo sussurrada repentinamente atrás de si.
Nenhum dos dois enxergava, mas notaram quando SungJoo não estava mais entre eles. Os dois então se dirigiram calmamente e sem fazer ruídos pelos cantos da parede. Foi ouvido o cão rosnar e latir, depois sair correndo em uma direção e então os policiais o seguirem aos tropeços e sem mais nem menos, o cachorro havia parado de latir. Chang esperava que SungJoo fosse mesmo um bom adestrador e não que tivesse feito alguma maldade com o animal ou que tivesse sido morto por ele. Os dois seguiram em frente no escuro, mas era impossível se orientarem.
— Wonho, onde nós estamos? O que aconteceu? — O médico perguntou ainda em tom baixo no headset.
— Eu também não sei, não consigo ver nada nas câmeras. Que porcaria, elas não têm visão noturna.
— Não foi você que apagou as luzes? — Teddy perguntou.
— Não, as luzes só são desligadas manualmente no painel de controle ou desligando a chave. — Wonho falou um tanto perturbado. — Não é só aí, o prédio inteiro está sem luz.
— Ai, droga! — Eun Tak xingou ao esbarrar em algo.
As luzes voltaram tão repentinamente quanto se foram e Eun Tak havia esbarrado em um sofá marrom. Changkyun olhou ao redor, confuso.
— Onde nós estamos? — Olhou para o colega, mas ele estava tão perdido quanto. — Wonho?!
— Droga. Eu perdi! — Esbravejou. — Eu perdi as câmeras. Não consigo ver vocês em lugar algum. Fiquem aí, eu vou tentar re. — Mas ele não terminou a frase.
— Hoseok. — Lim chamou, mas nada. — Hoseok, está ouvindo? Wonho!
Os headset ficaram mudos, eles não conseguiam mais se conectar com os outros membros, ninguém respondia e nem ele e Eun Tak conseguiam se comunicar pelo aparelho, mas então ele voltou a funcionar.
— Já vai acabar, está me ouvindo? — Uma voz familiar falou pelo headset.
O médico olhou para Eun Tak de forma interrogativa, mas ele não parecia estar ouvindo o mesmo que si.
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Black X White
FanfictionLim Changkyun é um médico cirurgião jovem e talentoso, levava uma vida monótona até o dia em que um de seus pacientes, em quem acabara de realizar uma cirurgia a menos de duas horas, acordou subitamente, causando escândalo no hospital e, minutos mai...