27: Um dia estranho

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— Eu acho que você se sairá melhor do que eu nisso.

— Mas o que exatamente estamos indo fazer?

Gun sorriu de canto e continuou andando. Chang permaneceu o seguindo. Ele não fazia ideia de onde estavam indo e nem o que iriam fazer, mas estava curioso para o que aprenderia dessa vez.

— Você deve se lembrar da história dos Kobuns que te contei. De como somos adotados e criados.

— Uhum. — Anuiu olhando um tanto cauteloso para Gun, imaginando se essa seria uma lembrança dolorosa. — Eu me lembro.

Eles estavam agora passando por casinhas mais simples de cores claras. — Bom, a verdade é que um Oyabun pode ter mais de um Kobun e também vários filhos biológicos, caso queira, mas é apenas um dos Kobuns que herdará o poder. — Contava tendo a total atenção do mais novo. — Aqui na Inagawa, assim como nas outras famílias da Yakuza, temos locais de treinamento para essas crianças. Na verdade, para todas as crianças da Yakuza, incluindo os filhos de alguns membros. Bem, isso não tinha no meu tempo, mas enfim... — Parou de frente para uma casa salmão de apenas um andar, mas bastante larga para os lados, como um saguão de colégio.

A porta foi aberta pelo Kobun e este adentrou com Lim logo atrás, passou no balcão e o recepcionista anotou algo em um caderno com desenho de ursinho amarelo.

— Vem, é por aqui. — Chamou e o mais novo o acompanhou até o final do corredor a direita. — Preparado?

— Não tenho certeza. Não sei o que esperar.

Song sorriu e abriu a porta. Changkyun se surpreendeu no mesmo instante que entrou naquela sala de creche. Ficou realmente surpreso pois não esperava ver diversas crianças tão pequenas e fofas andando pela sala. O mais surpreendente de tudo isso, era que estava tudo normal, como uma creche normal, sem armas ou chupetas em formato de granadas. Os dois entraram na sala, Changkyun um tanto desconfiado e logo que as crianças avistaram os dois gigantes, pararam o que estavam fazendo e os encararam, deixando Changkyun ainda mais nervoso. Mais uma surpresa para o Lim, foi quando elas correram com suas perninhas curtinhas e os sorrisos banguelas na direção de Gun e o abraçaram, o maior se agachando para que os pequeninos coubessem em seus braços.

— Gun! — Exclamaram as crianças animadas.

— Woah! Mi Young, como você está grande. — Song bagunçou os cabelos do garotinho.

Ficou na ponta dos pés, sorriso de orelha a orelha. — Eu já sou maior que a JinOk, aquela chata não pode mais me incomodar.

— Ya, vocês dois ainda estão brigando?

— É ela que começa. — Falou a garotinha Jang Jin Ok.

O mais velho riu e se levantou. — Tudo bem crianças, sem briga.

— Quem é esse? — Um garotinho estava parado na frente de Chang, apontando o dedinho para ele e o encarando com grandes olhos castanhos. Lim nem havia o notado ali.

Song se aproximou. — Esse é Lim Changkyun, ele vai me ajudar a cuidar de vocês hoje. — Sorriu para Chang, que arregalou os olhos.

— EH?!

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— Senhor, por favor senhor. Não contrais o musculo. — Yoonho pedia tentando vacinar contra tétano um homem bastante teimoso com medo de agulhas.

— Ai, ai, ai. — Se encolheu.

— Senhor, eu ainda nem encostei a agulha. Calminha agora, não vai doer nada. — E aproximou a agulha do braço do homem novamente, enquanto esse se debatia e reclamava. — Aí, pronto. Viu, não foi tão ruim. Pressione esse algodão em seu braço.

Black X WhiteWhere stories live. Discover now