32: Peçonha

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— Se não mudou desde a última vez que vim aqui, deve estar no segundo andar. Isso não deve demorar. — Changkyun falava apressado, já andando para dentro do hospital ainda mais apressado. Gunhee e Jooheon só puderam o seguir.

Passou pela recepção, mas parou ao ser chamado.

— Chang? — Quando este olhou para o lado, viu Yoonho carregando uma caixa. — O que está fazendo aqui?

O Lim se aproximou ainda na correria. — Yoonho, que bom que está aqui. Preciso da sua ajuda.

— O que aconteceu com suas roupas? — Perguntou espantado, vendo o rasgo na manga da blusa vermelha de seda e alguns cortes nas calças. — I-Isso é sangue?! — Encarou Changkyun, que não sabia exatamente qual das manchas de sangue ele estava se referindo. — Você está bem?!

— Sim, eu estou bem. — Pôs uma mão em seu ombro, para que se acalmasse.

Noh só então notou os outros dois rapazes presentes, que estavam igualmente esfarrapados e sangrados. Talvez até mais. — Eles fizeram isso com você?! Eu vou chamar a polícia! — Se virou apressado para ir até o balcão da recepção e pegar um telefone, mas foi impedido pelo Lim que lhe virou pelos ombros de volta.

— Não! Yoonho, me escuta. Eu preciso que me ajude a encontrar soro para veneno, é questão de vida ou morte. — O fitava profundamente, tentando demonstrar a importância de seu pedido.

O Noh olhou fixo para Chang e depois para os dois rapazes que estavam apenas esperando por Changkyun, em seguida voltando a olhar para o Lim. — Tá! Tá legal! Mas você vai ter que me explicar tudo isso que está acontecendo depois.

— Eu prometo. — Anuiu.

Entregou a caixa que estava segurando para Jooheon, que estava mais perto, apenas a empurrando contra seu peito e o forçando a segurar. — Vem comigo.

Yoonho começou a andar e Chang o seguiu. Jooheon entregou a caixa para Gun de qualquer jeito, que a pegou e soltou irritado em uma cadeira mais à frente. Jooheon andava com as mãos nos bolsos tão naturalmente quanto um modelo. Passou pela frente do balcão de recepção, onde o Dr. Jung terminava seu telefonema.

— Oh! Dr. Lee. O que faz a. O que aconteceu com suas roupas? Você está bem?! — Perguntou espantado.

— Ah, eu estou bem. — Sorriu, entrando no papel de médico que havia inventado a tempos atrás. — Foi um acidente na estrada, acabei tendo que cuidar de alguns pacientes com urgência. Não se preocupe.

Jung parecia meio confuso, mas anuiu sorrindo. — Claro. E esse é...

Jooheon olhou para Gun igualmente maltrapilho, depois voltou-se para o pediatra. — Ele é médico no mesmo hospital que eu. Ginecologista. — Gun o olhou feio, mas ele ignorou. — Só viemos resolver um assunto com emergência, já estamos de saída.

— Ah, sim. Precisa de ajuda?

— Não se preocupe. Yoonho está cuidando disso. — Lembrou o nome do citado.

— Noh Yoonho?! Agora que eu me preocupo mesmo. — Falou mais para si mesmo. — Bom, não vou mais gastar seu tempo. Devem estar com pressa e isso parece importante.

Sorriu e se reverenciou levemente, seguindo caminho logo em seguida. Conseguiu ver Changkyun entrando no elevador e se apressou até lá, Gun seguiu. Antes das portas se fecharem Chang pôs o braço na fresta, fazendo-as se abrirem novamente e os dois entraram.

— Eu acho que teria sido melhor vocês terem esperado lá fora. Chamam muita atenção. — Falou enquanto as portas se fechavam e Noh apertava no número 2.

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