40: O peso das palavras

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— Como essa ordem foi decidida tão rápido pelo concelho? — Jooheon perguntou indignado para Seung-Hyun. Changkyun e Shownu estavam ao seu lado dentro da sala do gerente.

— Repetidas vezes estivemos sendo atacados pelos chineses e isso abriu os olhos da Yakuza. — Seung explicou pacientemente. — Agora todas as famílias estão tensas com possíveis novos ataques e atentas a qualquer atividade suspeita dentro da organização.

Shownu deu um passo à frente. — Senhor, sinceramente, é bom saber que a Yakuza finalmente acordou para o perigo, mas o Minhyuk não é o infiltrado. — Falou com convicção. — O senhor sabe melhor do que eu que ele não faria isso. Ele, literalmente, nasceu aqui nessa mansão e foi criado nela, ele nunca faria isso.

— Eu sei como se sente, se acalme. — Pediu calmo. — Conheço Minhyuk a mais tempo do que vocês, embora não tenha muita proximidade com o garoto, mas nem eu, nem o Oyabun ou o concelho pode levar isso em consideração para algo tão grave, e vocês sabem muito bem que não é a primeira vez que Minhyuk é acusado de traição.

— Mas dessa vez não existem evidencias. — Changkyun se pronunciou. — Vocês têm somente suspeitas e especulações.

O gerente anuiu. — Você está certo, por isso ele é um suspeito em potencial, não necessariamente um culpado.

— Bom, então parece que só você pensa assim. — Jooheon falou e mostrou a tela de seu celular para o homem, onde mostrava a mensagem mandada pelo concelho para todo o pessoal da elite, com a ordem de procurado ao Minhyuk. — O concelho decidiu que Minhyuk deve ser capturado, vivo ou morto. Por acaso isso parece algo que se faz apenas com um suspeito?

Seung suspirou. Jooheon guardou o celular novamente. — Eu não fui informado disso, infelizmente não pude comparecer à reunião. — Falou com certo desapontamento. — Escute, Jooheon, o mando é claro, vivo ou morto, mas isso não quer dizer que vão o matar. — Explicou. — Membros da elite foram mandados atrás de Minhyuk, se ele cooperar só o que irá acontecer é ele ter que comparecer a um julgamento e até acharmos novos suspeitos, ele ficará preso, mas se por acaso ele tentar fugir, então será reconhecido como culpado e, portanto, teremos que matá-lo.

— Eu conheço muito bem a legislação. — Jooheon parecia irritado. — Seung, você precisa fazer algo. Você é o único que consegue convencer o meu... O Satoru. — Reformulou, e continuou. — Você sabe como o concelho é extremo e que, mesmo Minhyuk tendo se tornado da elite, eles não se importariam em perder apenas um membro em nome do "bem maior", além disso, mesmo que não o matem, com certeza farão de tudo para terem respostas. Eles vão torturar o Minhyuk se for preciso. — Seung ficou quieto, tenso, parecendo pensar. — Por favor, você precisa nos ajudar, Minhyuk está correndo perigo de vida.

O gerente suspirou desistente e anuiu. — Tudo bem, eu vou ver o que eu posso fazer, mas não conseguirei mudar a ordem do concelho apenas com minha lábia.

— Não se preocupe com isso, nós ajudaremos. — Shownu falou, decidido. — Iremos encontrar o verdadeiro espião dessa mansão, só nos arranje tempo.

— Eu posso arranjar, mas não o suficiente. É uma questão de tempo até acharem o Minhyuk, vocês estão correndo contra o relógio, garotos.

— Nós encontraremos. — Changkyun reforçou.

— Muito bem, então é bom que comecem logo. — Os três se reverenciarão e se viraram para sair. — Hojoon, fique, preciso conversar com você.

Changkyun franziu o cenho pelo nome pronunciado, mas ficou mais surpreso quando Jooheon atendeu pelo nome e se voltou de frente ao gerente. Rapidamente Changkyun e Jooheon se entreolharam, e então o Lim e Shownu saíram da sala.

Black X WhiteWhere stories live. Discover now