Capítulo I: Ur. - Asgard.

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(na imagem: Ur)


Data Terrestre: Aproximadamente 10 de Setembro


Eles me mandaram escrever.

Disseram que eu deveria registrar a minha história de alguma forma, que era para um rito de passagem, ou o que quer que fosse de verdade.

Segurei a pena um pouco indecisa de como começar a escrever, afinal a minha história começava muito antes do meu nascimento.

Talvez eu devesse resumir como foi que de algum modo eu nasci e isso era meio difícil, mas talvez divertido.

Respirei fundo e comecei da forma que pareceu mais apropriada: a verdade.

Como sempre.

Todo mundo sabe que algumas famílias são estranhas.

Umas mais e outras menos.

É normal para alguns esse tipo de coisa, mas no meu caso acho que quase vinte anos não facilita essa adaptação.

Principalmente quando eu sou a filha do Loki.

Certo, isso ficou estranho.

Desculpe.

Você provavelmente não gostaria de ouvir o nome do meu pai alguns anos antes do meu nascimento, ele não era um cara muito legal tenho que admitir.

A verdade é que ele tentou destruir a Terra algumas vezes (nunca quis saber exatamente quantas ou parei pra contar), mas essa é a graça de saber que vivemos em um multiverso.

Acredite ou não, eu sou filha de uma das melhores versões do meu pai e por piores que seus crimes possam ter parecido na época, o trapaceiro sabia o que estava fazendo.

O resumo é que ele fez o maior trote que meu avô adotivo, Odin, já viu, e ele não é muito novo.

Loki salvou nosso Universo.

É, sei que se você conhece outro Loki, um dos malvados de verdade, não vai acreditar e nem eu acreditaria se não houvesse provas como eu.

Sabe, quando seu pai é Loki e sua mãe lady Sif o conceito de estranho começa a ficar um pouco retorico.

Em especial quando minha mãe queria muito matar meu pai mesmo depois dele salvar o Universo (nunca entendi como não se mataram ainda).

Só que isso não foi tudo.

Meu pai salvou a todos, o que foi a coisa mais estranha dos mundos, e depois recebeu o perdão de Odin, que foi a coisa mais estranha do nosso tempo e espaço, para nomear meu pai Príncipe Guardião de Asgard, definitivamente a coisa mais maluca do nosso Universo.

Então Odin deu a mão da ex-nora, lady Sif, em casamento para Loki e quase todos os mundos conhecidos começaram a acreditar que nosso Universo finalmente seria destruído.

Primeiro meu pai achou que era uma piada e riu, só depois da minha mãe quase mata-lo na sala do trono de Odin e o Pai de Todos reafirmar o que tinha dito foi que a ficha do deus trapaceiro caiu.

Odin nem deu tempo dos dois conversarem antes do casamento e minha mãe odiou aquilo, ela até tentou matar meu pai mais umas duas vezes.

Eles casaram, mas continuaram brigando cada dia mais.

No final os dois precisaram entrar em acordo com aquilo, mas nunca tentei ou quero descobrir qual foi o acordo, só sei que eu nasci e os dois ainda estão vivos.

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