Capítulo LI: Nathan - Linhagens.

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Data Terrestre: 11 de Outubro


Ainda estava preocupado com a situação de Alexis, que não parecia ter melhorado em nada mesmo depois de mais de vinte e quatro horas, mas não tive muito tempo para pensar nisso. Especialmente porque assim que vi a filha do Loki passando pela porta do Instituto achei que estava sonhando.

Para começo de conversa, não pareceu, nas últimas semanas, que ela estava realmente a fim de conhecer qualquer um de nós que vive no planeta, porque para começar eu sabia muito bem como as coisas parecem para essa garota.

O pior é que ela não está tão errada quanto outros podem imaginar.

Fui até ela, que ainda esperava na porta parecendo um pouco perdida.

-Oi. Tudo bem? –Ela me encarou por alguns instantes me deixando tenso.

-Tudo. Você é o Nathan certo?

-Só Nate, por favor. –Ela pareceu achar aquilo engraçado. –Veio conhecer o Instituto?

-Sim. –Ela parecia tão calma que me assustava um pouco. –Na verdade, acho que preciso falar com alguém para poder fazer isso, mas enfiei na cabeça chegar até aqui sozinha, então não peguei nenhuma autorização.

Fiquei um pouco surpreso.

-Veio sozinha do centro de Nova York até aqui?

-Sim. Eu aprendi sobre a internet de vocês, o sistema monetário e alfabético, além de assistir a alguns seriados para adaptação de costumes e roupas. –Acho que ela percebeu que eu parei para ver se tinha alguma diferença entre as roupas de quando ela chegou e agora. –A parte das roupas não é o meu forte, então fiquei com versões simples das minhas. Minha mãe diz que mendigos usam roupas mais apresentáveis.

Eu acho que Sif diz isso porque as roupas da filha lembram trajes de viajantes árabes do deserto depois de dias andando e não roupas de uma princesa divina, o que não é ruim, resolvi ficar quieto por hora.

-Nossos mendigos não usam roupas feitas por asgardianos. –Ela acabou rindo. –Sobre a visita acredito que nenhum professor irá se opor, se me acompanhar posso levá-la a sala do diretor.

Ur concordou em um breve aceno e seguimos pelos corredores lotados de alunos.

-Como vão suas namoradas? –Eu levei um susto. –As duas garotas. A morena teleportadora e a loira.

-Como sabe disso?

-Tempo conecta pessoas de muitos modos, assim como o sangue. Ainda que seja um pouco raro. Você é apaixonado pela loira, não é?

-Bom, vendo dessa forma realmente é óbvio. Elas estão bem, se bem que a Tália não é mais minha namorada, ela tem outro problema agora. –Ur pareceu vagamente interessada na minha fuga de resposta então terminei a explicação. –Uma garota de dezesseis anos chamada Cassandra. –Notei um sorriso mínimo surgir no rosto dela e continuamos andando antes de eu fazer a pergunta seguinte. –Seus pais se amam?

-Espero que sim, vão me dar um irmão mais novo.

-E as outras esposas dele?

-Eram para ser concubinas ou amantes, se preferir. Viveriam com a gente, mas sem muitos direitos. Como ter mais de uma companheira era uma ordem de Odin meu pai achou justo invocar uma lei antiga que permite que alguns membros da família real reconheçam mais de uma união como válida.

-Isso não responde se ele as ama.

-Acho que ele confia à própria vida a Verity e precisa de Encantor tanto quanto de poder, mas não sei até que ponto ele ama ou não cada uma. Todos se entendem e convivem em paz, acho que é o que importa.

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