Capítulo XVIII: Wolf. - Instintos de Lobo.

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(na imagem: Wolf Lokison)



Data Terrestre: 02 de Outubro


Odeio quando as coisas dão errado.

Especialmente quando a Ur interfere com essa cara dela de "por que tenho que limpar a sua sujeira?" antes de realmente dar à bronca.

O que na verdade tá demorando muito, o que em geral é mau sinal.

-Só pra ter certeza, o quão ferrado nós estamos, irmãzinha?

Até me assustei quando ela bagunçou meu cabelo.

-Nem um pouco Wolf. –Acho que ela percebeu que eu estava confuso. –Apesar de o Jason ter perdido a calma, não é como se eu não esperasse isso. Então no geral, vocês agiram bem. –Ela parecia muito cansada para quem praticamente só dormia e comia a quase uma semana.

-O que você tem?

Mas ela apenas negou com a cabeça.

-A terra é bem diferente de Asgard, acabei não pensando nisso quando viemos e meus poderes estão um pouco sensíveis. –Ur suspirou realmente cansada. –Pelo menos eu espero que seja isso e não algum problema.

Até pensei em dizer a ela que não havia mais dúvidas de que eram problemas, só não era nada inteligente fazer isso agora. Então deixei Ur ir para o quarto dela antes de ir para o meu pegar uma toalha de banho e pegar o caminho da piscina do Stark.

Não é que eu pudesse ignorar a nossa situação desastrosa em Asgard ou mesmo a falta de lógica em virmos para Midgard justamente as vésperas de Odin anunciar o noivado arranjado de Ur com Drake, que ele e meu tio achavam que ninguém sabia mesmo quando todo o reino já falava disso.

Mesmo meu pai parecia tentar arruma uma saída para esse problema, o que deve ser a principal razão para ele mandar Daniel passar um tempo com a gente. Imagino o que tia Sif deve pensar dessa ideia da sua filha, provavelmente a pessoa que ela mais ama no universo, prometida para a única pessoa que chegou perto de matá-la.

Mesmo que Drake seja filho do ex-marido dela, Sif não tem nenhum elogio para os dois, ainda que ela se de bem com a tia Jane. É estranho que com todos os defeitos do Drake, todos gostam da Jane e mesmo com os planos de Odin, ele foi um bom avô.

Assim que cheguei à piscina da torre, que por sorte ficava no andar de baixo do que eu ocupava com meus irmãos, me senti feliz. Não é como se gigantes de gelo combinassem com água, mas a vantagem de ser só metade gigante de gelo é que eu posso pular na água sem congelar o prédio todo.

Joguei minhas roupas, a toalha e os sapatos em uma cadeira, então pulei na água. Não havia muito para fazer na torre que eu goste. Nadar é uma das poucas coisas que não me deixam entediado ou nervoso, comer e cozinhar as outras duas.

Não sei ao certo quanto tempo fiquei ali, porque Ur costuma dizer que para um lobo eu pareço mais um peixe. Não que seja mentira, eu realmente perco a noção de tempo na água, só não fico surdo a quem se aproxima.

-O que você tá fazendo?

Não me assustei ou precisei parar de nadar antes de chegar à borda da piscina para saber quem era, porque reconheceria aquela voz em qualquer mundo.

Por isso quando alcancei a borda e vi o rosto corado de Alexandra Romanoff, senti meu peito se agitar.

-Estou nadando, não quer entrar?

Tudo que ela fez foi fingir não ligar para o meu convite.

-Não sou burra, sei quando alguém está nadando. Quero saber por que tá fazendo isso pelado?

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