Capítulo XLV: Harrelson - As Impressões de Um Repórter: Parte 4.

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Data Terrestre: 10 de Outubro


No final fomos para o jardim interno onde a Comandante Hill pediu que fizéssemos a entrevista de verdade.

As garotas sentaram em um sofá confortável que alguém deve ter movido até ali especialmente para elas enquanto eu e Brant ficamos com duas poltronas também confortáveis. Mesmo os nossos cinegrafistas haviam recebido um lugar confortável para sentar depois de posicionarem as câmeras nos tripés.

-Tem certeza que estão bem em fazer isso agora? –Acabei perguntando um pouco mais preocupado do que gostaria de parecer. –Vocês podem ir comer se precisar.

-Não se preocupe Tom. –Claire indicou as irmãs gêmeas do dia anterior trazendo alguns sanduíches em uma sacola. –Pode não parecer, mas a doutora Simmons montou uma rede de alimentação pra gente. –Ela agora sorria mais do que quando falou com a família Booker.

Sendi sincero, eu teria que falar com a Brant depois, porque acho melhor cortarmos parte da matéria (sobre a família Booker e a "droga milagrosa") na ilha de edição por mais motivos do que eu posso sequer pensar em mencionar para meu chefe ou mesmo para a minha colega. Se bem que acho que ela vai concordar comigo.

-Bom, nós temos algumas perguntas aprovadas, mas será que tem problema se incluirmos algumas? –Adiantei algo que conversei com Brant enquanto as coisas eram arrumadas para a entrevista.

Morrison, Claire e Laura se entreolharam parecendo preocupados.

-Não se preocupem. –Todos olharam para minha colega. –Não é nada complicado ou maluco; depois de tudo que aconteceu, queremos evitar um pouco perguntas problemáticas para os dois lados.

-Nesse caso acho que a gente pode ver conforme as perguntas forem sendo feitas, pode ser? –Claire parecia um pouco mais receptiva do que o agente e Laura apenas concordou com ela.

-Já que estamos bem com isso, vamos começar? –As duas assentiram e Brant começou sem hesitar. –Antes de mais nada quero confirmar algumas informações básicas sobre você que a escola vazou. –Ela se dirigiu a Claire. –Seu nome completo é Claire Margaret Carter Rogers, tem dezesseis anos e está no segundo ano do colégio, correto?

-Ah, sim. Isso mesmo.

-Então, Margaret?

A garota fez uma careta.

-É um nome de família, herdei da tia-avó da minha mãe, o apelido dela era Peggy. Não é meu momento favorito do dia quando alguém me chama assim, infelizmente não posso impedir todo mundo. Embora eu possa simplesmente chamá-los por nomes que eles também não gostariam.

Brant riu e eu comecei.

-Sobre você não tem muita coisa para falar Laura, então pode nos dar algumas informações?

-Meu nome é Laura Sarah Howlett, tenho dezessete anos, nunca frequentei a escola, mas tenho um diploma por ter passado na prova geral a dois anos. Nasci no Canadá e passei os últimos anos fazendo missões para a Shield enquanto estudava.

-Você não é americana? –Aquilo era novo e me deixou curioso.

-Ah, não. Meu pai é de lá, meu irmão nasceu no Japão, mas acho que a mãe dele é americana, porque ele tem cidadania daqui, e minha irmã caçula também nasceu no Canadá, a mãe dela é americana.

-E sua mãe é americana? –Tentei não parecer muito curioso.

-Não sei. –Acho que ela notou a minha expressão. –É um pouco complicado de explicar, não faço ideia de quem seja a minha mãe ou onde ela pode estar. Meu pai me encontrou em um laboratório quando eu tinha sete anos e minha memória não tem muita coisa de antes disso. Na verdade, não tem nada, meu nome foi dado quando eles me encontraram, então não sei nem se sou exatamente uma filha do meu pai ou algum tipo de clone e é claro que ele não me contaria mesmo que eu tentasse perguntar novamente. –Ela notou que quase todos pareciam chocados ou surpresos e encarou Claire que sorria. –Por que eu sinto que esse sorriso não é boa coisa?

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