c a p í t u l o ✿ 1 5

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como colegiais apaixonados

vamos nos divertir

fazer durar para sempre

(bitchin' summer)




Normalmente, no mês de maio o clima já começava a esfriar. Quarta-feira sua mãe lhe enviou uma mensagem lembrando-a de tirar o edredom do armário para não passar frio (e logo em seguida, também enviou "filha, a mãe esqueceu que você só pega o celular no domingo kkk desculpa!"). De qualquer maneira, Bianca não havia lembrado até então de pegar o edredom.

No fim, acabou sendo uma jogada de sorte, porque a forma como Daniel pressionava o corpo contra o seu enquanto explorava sua boca a deixava com tanto calor que pensava seriamente que acabaria pegando fogo.

Arranhou de leve as costas dele quando sentiu os beijos abandonarem seus lábios para descerem novamente pelo seu pescoço e o ouviu arfando próximo ao seu ouvido. Se aquilo não era indicação que ele gostava da sensação, a forma como ele apertou ainda mais sua coxa com certeza seria. Quando mesmo ele havia tirado a camiseta? Provavelmente depois que ela arrastou as palmas pela barriga definida enquanto se beijavam. Quando percebeu, já estava embaixo dele, sendo completamente devorada por aquele beijo.

Ela já havia beijado outros dois garotos, mas nunca tinha sido de forma tão íntima assim. O que por um lado a deixava completamente excitada, mas por outro, fazia parecer que seu coração ia pular para fora da boca. E não necessariamente de uma maneira boa.

Bianca estava completamente vestida e fez questão de não deixá-lo mover sua roupa nem um centímetro a mais — o que era hipócrita, porque queria arrancar todas as peças que ainda restavam nele. Só que, enquanto mal conseguia conter a vontade de fazer só um pouco mais, não conseguia parar de pensar sobre o que ele acharia do seu corpo... Uma coisa era ele ter tido atração nela completamente arrumada, com a saia mostrando só o que gostava (suas coxas) e a camiseta larguinha disfarçando o resto. Ela não era nenhuma atriz pornô, com a barriga lisa e os seios enormes... Sem falar que não tinha nem 5% de experiência prática. Só que era óbvio que um moleque da idade dele devia sonhar com uma mulher que...

— Ah, Dani! — Bianca arfou e imediatamente segurou a mão dele, que subiu pela parte interna da sua coxa até encostar na calcinha. — Pera, para.

Ele se afastou num pulo, tirando as duas mãos dela.

— Desculpa, Bianca, eu não...

— Não, desculpa eu — murmurou, sentindo o rosto esquentar tanto que parecia tonta. Então limpou a garganta, buscando as palavras. Normalmente gostava de falar aquilo para os caras com quem conversava, mas naquele momento, sentia-se completamente inadequada: — Eu... Ainda sou virgem. Eu não quero... Não agora. Não estou pronta. Desculpa.

Bianca encolheu os ombros e não conseguiu olhar para ele, sentindo-se a pessoa mais virgem do mundo inteiro. Contra a sua vontade, lembrou daquela merda de jogo de "Eu Nunca" e em como aparentemente ele já havia transado com várias outras meninas. Devia achar que estava perdendo tempo com uma pirralha como ela.

Daniel olhou para ela por alguns segundos até realmente absorver as palavras ditas e arregalar os olhos. Àquela altura não estava mais em cima dela, mas ajoelhado ao seu lado. Ela se ajeitou na cama, apoiando as costas na cabeceira.

— Meu Deus, Bianca! Desculpa, eu não sabia... — Ele passou a mão pelos cabelos claros, visivelmente transtornado. — Nossa, você não precisa se desculpar. Eu não achei que você era virgem. Tá tudo bem? Desculpa se fiz você se sentir pressionada.

CamelliaWhere stories live. Discover now