Capítulo 3

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Felipe brincava no tapete da sala, estava só de fralda devido ao calor que fazia naquele dia. A campainha tocou e Sophia foi atender, e de lá ela voltou com o namorado.

— Oi, pessoal! — Marco, o namorado de Sophia, disse com um tom simpático, tendo um braço por volta da cintura da loira, num abraço lateral.

— Oi. — Todos responderam em uníssono; alguns até riram por conta disso.

— Por que você não chegou mais cedo? — Luiza se levantou para dar um abraço de cumprimento no cunhado; aqueles dois se entendiam bem. Micael tinha certeza de que era para dar exemplo e fazer a irmã se sentir culpada por odiá-lo tanto.

— O que houve mais cedo? — Ele perguntou curioso, olhando para a namorada, que apenas deu de ombros.

— Nada, só o nosso almoço em família. — Sophia respondeu como se não ligasse para o fato de o namorado estar ou não presente naquele almoço de domingo.

**

Passaram o dia na casa de Branca; havia sido um domingo muito agradável, apesar de alguns momentos de desconforto. Todos se davam bem, apesar de Sophia e Micael se odiarem; hoje haviam se tratado bem. Ao fim da tarde, foram para casa, trocando poucas palavras no caminho, estavam cansados. Felipe apagou na cadeirinha durante toda a viagem de volta.

— Nem acredito que chegamos! — Luiza disse ao abrir a porta do carro e se espreguiçar ao ficar de pé.

— Nem eu, estou muito cansado! — Falou para ela, mas sentiu que a morena estava mais cansada do que ele.

— Pega ele para mim? — Ela pediu com sua voz doce, que lhe arrancou um sorriso de canto. — Preciso de um banho e cama!

— O que eu não faço por você? — Disse e deu um beijo em sua testa; a mulher sorriu e entrou em casa, enquanto ele tirava o bebê da cadeirinha. Ele se remexeu e acordou, chorando alto.

— Vou dar banho nele e colocá-lo para dormir direito; acho que é isso que ele quer! — Luiza estava sentada no sofá e falou ao ver Micael passar pela porta com o menino berrando.

— Será mesmo? E se for fome? Afinal, ele dormiu toda a viagem. — Falou com uma cara de preocupação e franziu a testa ao ver a esposa rindo. — Qual a graça?

— Para você, toda vez que ele chora, está com fome; nunca vi isso, o menino vai passar o dia inteiro comendo! — Continuou rindo do marido, que, com oito meses de experiência na paternidade, ainda não sabia distinguir os choros do filho.

— Não ria de mim, a culpa não é minha, ele chora tudo igual! — Tentou se justificar, mas ela só riu mais.

— Micael, você não tem jeito mesmo? Eu sei a diferença. — Levantou-se e pegou o menino no colo, pronta para preparar o banho noturno dele e colocá-lo para dormir de vez.

— Minha heroína, o que seria de mim sem você? — Falou com certo tom de deboche e a fez balançar a cabeça negativamente. — Ainda bem que eu não preciso me preocupar com isso, afinal, você estará aqui comigo sempre!

— Sempre! — O sorriso da mulher vacilou, mas logo ela recuperou e virou-se para as escadas. Deu banho no menino, amamentou e então ele finalmente dormiu, balançando na cadeira de amamentação. Logo ela o colocou no berço e foi para seu quarto.

— Que rápido! — Ele elogiou com um sorriso, estava com uma toalha em volta da cintura, procurando uma bermuda confortável para vestir.

— A prática leva à perfeição, amor. — Disse um tanto debochada e ele parou de procurar para olhá-la. — Devia tentar algumas vezes colocar o menino para dormir; é tentando que se aprende. Se eu não estiver aqui, como vai ser?

— Acabamos de falar sobre isso, você estará aqui sempre! — Repetiu com um sorriso apaixonado. — Novamente a mulher hesitou na resposta, mas Micael não percebeu.

— Vou tomar um banho, está bem? — Mudou de assunto e foi até o armário pegar um baby doll. Não ouviu resposta do marido e caminhou para o banheiro que tinham ali, no quarto deles.

Logo voltou ao quarto e encontrou Micael lendo um livro, bem concentrado. Deitou-se ao lado dele e se aconchegou, tirando a concentração dele, que fechou o livro e sorriu para a esposa.

Guardou o livro em cima da mesinha de cabeceira e virou-se para a esposa, lhe dando um beijo lento. Começou pelo pescoço, sentiu a mulher se arrepiar quando roçou sua barba por fazer. Quase dois anos de casados e Micael sabia exatamente onde estavam os pontos de prazer de sua esposa; toda vez ficava contente ao sentir a mulher ferver embaixo de si.

— Eu te amo — Sussurrou em meio aos gemidos que dava referentes aos leves chupões que recebia em seu pescoço.

— Eu te amo mais, minha gostosa! — Disse se segurando.

Seus lábios encontraram os dela e iniciaram um beijo com muita volúpia. O desejo entre nós era imenso; ele não se cansava dela e nem de seu corpo perfeito. Aquela mulher, a sua mulher, fazia maravilhas e o completava.

Completamente exaustos, os dois foram mais uma vez ao banheiro, dessa vez juntos. E tomaram um banho cheio de carícias, como se fossem um casal de namorados adolescentes.

— Você é perfeita! — Disse enquanto a tinha presa na parede entre os seus braços, aproveitando o momento de paz para lhe dar mais alguns

— E você é meu gostoso! — Luiza respondeu com tesão.

Não falaram mais nada, terminaram o banho e foram enrolados na toalha para o quarto então finalmente puderam dormir e descansar para a rotina normal de segunda feira.

Micael acordou às cinco da manhã no dia seguinte, não suportava o trânsito do Rio de Janeiro então eu optava por ir trabalhar de moto, mesmo que matasse Luiza de preocupação todos os dias.

Luiza ainda dormia quando Micael saiu do banho e ouviu um choro vindo do quarto ao lado. Sorriu, Felipe havia acordado foi até seu quarto e o tirou do berço.

— Acordou cedo hoje, filho. — Falou com um tom de voz infantil, sempre falava assim quando estava sozinho com o menino. Mesmo com fome, já tinha parado de chorar e estava sorrindo para o pai, como um belo "bom dia". Verificou sua fralda e pôde perceber que estava completamente encharcada de xixi.

O colocou no trocar que tinha em cima da cômoda, perto do berço e o trocou. Limpo, o levou até a cozinha e lhe preparou uma mamadeira com fórmula, mesmo ele mamando leite materno, Luiza optou por complementar com formula.

O bebê ficou sentado no cadeirão e segurava sua mamadeira sozinho, então Micael foi comer meu café da manhã, porque já ia dar a hora de ir pro trabalho.

Acabaram o café e Luiza ainda dormia, ele não quis a acordar, ela merecia descansar. Felipe voltou para o berço e o pai olhou em seus olhinhos castanhos.

— Filho, papai vai trabalhar e a mamãe ainda não acordou, fica quietinho ai tá bom? — Após falar com ele, o menino permanecia quietinho, olhando o mobile girar, parecia até que tinha entendido o pai. O moreno pegou a babá eletrônica, ligou e colocou perto da esposa, para quando o bebê chorasse. 

InevitávelWhere stories live. Discover now