Capítulo 15

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Ele não entendeu aquela mensagem e foi ler o restante da conversa. Passou os olhos rapidamente pelo celular e conseguiu visualizar uma mensagem que havia enviado à ela três e trinta da madrugada.

"Queria te ver e conversar. Vem aqui em casa?"

Levou as mãos á cabeça, em completo desespero que Sophia ia pegar a ruiva misteriosa ali com ele. Só não entendia porque se preocupava tanto com aquilo, ou no caso, fingia não entender. Tratou logo de enviar uma mensagem.

"Não precisa, me desculpa... eu estava mal ontem."

Não demorou muito para a mensagem ser visualizada e então respondida.

"Já estou quase chegando, está no trabalho? Senão, nós poderíamos tomar café juntos."

Ele não respondeu, saiu correndo e juntando as peças de roupa da mulher que ali estava. Chegou no quarto esbaforido e sacolejou a mulher, que acordou no susto.

— Oi, gato, precisa me acordar assim? — Franziu a testa sem entender bem aquele auê. — Chega devagar.

— Preciso que você vá embora. — Disse sem pestanejar e ela se sentou, ainda coberta pelo lençol fino.

— Depois da noite que tivemos é assim que você me trata? — Perguntou ofendida e viu Micael lhe entregar todas as peças de roupa que tinha juntado. — Está achando que eu sou o quê?

— Por favor, vá. Depois nós conversamos, mas tem que ser rápido. — Implorou a ela, que sabia que tinha algo errado e que provavelmente era outra mulher. — Eu ligo pra explicar toda essa situação e me desculpar com você.

— Vou esperar você me ligar. — Disse se dando por vencida e levantando pra vestir suas roupas. Juntou tudo o que era seu e então saiu da casa, após dar um beijo na boca de Micael. Ele se sentou no sofá e relaxou, contente que tinha dado tempo de se livrar daquela mulher que nem o nome lembrava.

Se levantou e foi verificar seu café, servindo-s0e sem nem adoçar, merecia mesmo um café amargo como sua vida estava. A campainha tocou e ele foi atender, ainda de roupão.

— Sophia! — Disse um falso tom de empolgação. — É sério, você não precisava ter vindo até aqui.

— Quem era a ruiva que estava saindo daqui? — Perguntou e o pegou desprevenido.

— Hã? — Tentou se fazer de idiota enquanto pensava numa resposta plausível pra essa situação, mas na verdade, não existia nenhuma, era óbvio que tinha culpa no cartório.

— Quem era, Micael? Eu vi a mulher saindo daqui apressada, como se estivesse fugindo de alguma coisa. E eu imagino que a coisa seja eu. — Ela tinha um tom baixo, Micael viu tristeza em seus olhos e se sentiu culpado. Os dois não tinham nada, mesmo assim aquilo parecia traição.

— É uma amiga que veio me visitar. — Respondeu sem assumir nada, ainda tentando desconversar. — Está com ciúmes?

— Não sei pra que eu vim, tá na cara que eu deveria estar com o Marco agora. — A loira se virou para ir embora, não tinha nem entrado. Micael segurou em seu braço e fez com que lhe encarasse mais uma vez.

— Soph, você está gostando de mim? — Perguntou na cara de pau e viu a mulher hesitar pra responder. — Se estiver, não faz isso. Acho melhor nós nos afastarmos. — Era melhor daquele jeito, os dois nunca poderiam ficar juntos.

— Fica tranquilo, eu amo meu namorado e o que aconteceu foi um erro. Inclusive essa visita aqui, não precisa se preocupar. — Puxou o braço, se soltando do aperto de Micael.

InevitávelUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum