Capítulo 68

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Chegaram ao hospital não muito tempo depois e Sophia logo foi encaminhada a emergência ginecológica. Micael ficou preenchendo formulários e assinando os documentos emitidos pelo plano de saúde, felizmente a identidade de Sophia estava na bolsa dela, afinal, na correria ninguém pensou que precisariam de documentos, o que era bem óbvio.

Sophia fez alguns exames e não demorou muito até que fosse tranquilizada pelo médico. Micael pôde entrar no quarto a tempo de ouvir o que o plantonista tinha a dizer.

— Você não entrou em trabalho de parto. — O homem na casa dos cinquenta anos disse com tamanha tranquilidade. — Medicamos você e terá alta pra ir pra casa, está bem saudável e sua bebê com batimentos e movimentação boa.

— Por que as pontadas? — Micael questionou o homem que o encarou.

— Houve algum episódio de estresse ou grande emoção? — Os dois assentiram nada orgulhosos da situação. — Bom, o bebê sente tudo o que a mamãe sente, desde as primeiras semanas. Agora nessa reta final, é bom que estejam em ambiente tranquilo pra princesa ficar quietinha aí e não se apressar a vir antes da hora. — Explicou com um sorriso e deixou os papais aliviados. — Se voltar a sentir dores, retorne o mais rápido que puder para que possamos avaliar, mas vocês podem ir tranquilos.

Sophia agradeceu, assim como Micael e os dois saíram de mãos dadas da emergência, agora Sophia graças a Deus não sentia mais dores e estava bem tranquila.

— Fiquei muito preocupado com você. — Micael abraçou a mulher enquanto andavam rumo ao carro. — Juro, é agoniante não ter notícias suas.

— Estamos bem, é isso que importa. — Se aproveitou do abraço e então os dois caminharam em silêncio até o carro.

O caminho até a casa foi de conversa descontraída sobre tudo o que aconteceu naquele dia conturbado. Os dois estavam bem, a notícia de que a filha estava saudável os manteve em paz. Quando chegaram, todos na casa estavam a flor da pele.

— Titia! — Felipe foi o primeiro a vê-los e sair correndo pra abraçar a tia como sempre fazia. — Eu já estava com saudades! — Disse com sua voz fofa e Sophia caminhou para se sentar no sofá para que o menino se sentasse ao seu lado. — Minha irmã está bem?

— Está sim, meu príncipe. — Ele fez carinho na barriga da tia. — Ainda não é hora de conhecermos a sua irmã. — Felipe sorriu e se deitou nas pernas da tia pra receber um cafunezinho. Sophia amava aquela interação que tinha com o sobrinho, o amava tanto que era como se realmente fosse seu filho. Sophia sorria enquanto mexia nos cabelinhos castanho claro do menino, então ergueu a cabeça e percebeu que todo mundo olhava pra eles. — O que foi?

— Nada, só queremos saber se está bem mesmo. — Luiza disse com seu tom preocupado e fez Sophia rolar os olhos.

— Quando você resolve assumir o papel de irmã mais velha preocupada fica bizarro, Luiza. — A loira disse sorrindo, era um tanto assustador, mas a fazia lembrar de como era a relação delas antes de tudo acontecer.

— Eu já te disse que o fato de só vivermos brigando agora, não me impede de me preocupar com você. — Suspirou e se sentou ao lado da irmã no sofá. — Eu amo você, Sophia. De verdade.

— Você se parece com a minha irmã quando fala assim. — Sophia sorriu por um instante, gostaria que as coisas voltassem ao normal entre elas. — Estamos bem, eu só não posso me estressar. Será que você e Micael conseguem parar de brigar por mais dois meses? — Os dois se encararam por algum instante.

— Não estou nem aí pro Micael, Sophia. — Disse com frieza e o mesmo rolou os olhos. — Eu vim ver meu filho e vocês brigaram comigo, como sempre.

InevitávelWhere stories live. Discover now