Capítulo 28

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Duas semanas depois e Sophia e Micael não tiveram nenhum contato, os dois estavam morrendo de saudades, mas nenhum dava o braço a torcer e fazia uma ligação. Sophia estava louca pra ir até a casa dele, mas não faria isso, afinal, aquela distância entre eles parecia o correto.

Nesses dias que passaram ela não saia muito do quarto, nem mesmo pra se alimentar com a frequência necessária. Tinha perdido alguns quilos e se via de longe o quanto estava sofrendo por aquele término. Ela achava surreal estar mal daquele jeito por uma paixão que surgiu do nada e em tão pouco tempo.

Gastava muito de seus dias pensando no que Micael devia estar fazendo e se sentia sua falta como ela sentia. Naquela tarde de sábado, decidida a não pensar mais no assunto, ela decidiu dar uma volta. Tomou um banho e se vestiu de forma simples, logo pegou sua bolsinha de lado e saiu do quarto. Teve surpresa ao ver Marco conversando com Branca na sala.

— Oi, Sophia... — Ele parecia meio constrangido.

— O que você está fazendo aqui? — Tinha um tom hostil e reparou que ele ficou ainda mais sem graça.

— Sophia, isso são modos? — Branca repreendeu e então a loira virou os olhos, sem paciência praquela tentativa de Branca de juntar os dois novamente.

— Tudo bem, Branca. — Ele deu uma risada sem graça. — Sua mãe me chamou para ver você, disse que estava triste. — Contou com um sorriso mais aberto e Sophia balançou a cabeça novamente.

— Estou ótima, não preciso de ajuda!

— Não precisa de ajuda ou não precisa da minha ajuda? — Ele disse sentido e Sophia suspirou antes de dar aquela resposta. — Você pode ser sincera.

— Marco, eu traí você. — Ele já sabia, mas ouvi-la falando daquela forma o machucava. — Eu gosto de você, vivemos bons anos juntos e fomos felizes enquanto durou. Então não entra na da minha mãe de tentar resgatar algo que já se foi há muito tempo. Não quero te magoar ainda mais e pretendo continuar a ser sua amiga, pode ser? — Ele assentiu e observou a loira ir em direção á porta. — Tchau.

— Onde você está indo? — Branca gritou, mas foi ignorada pela filha.

**

Deu voltas e mais voltas na praça até sentar em um banco com um algodão doce na mão, já arrependida de ter saído do quarto. Então pegou o celular e ligou para uma amiga.

— Ei, Soph! — Lua atendeu no primeiro toque. — Como está, gata?

— Estou bem. Você está em casa? Posso ir aí? — Perguntou receosa da resposta.

— Claro, estou de bobeira mesmo!

— Vinte minutos e eu chego, beijos! — Desligou e foi caminhando até a casa de Lua, que era ali perto. Qualquer coisa era melhor do que ficar em casa encarando sua mãe e Marco.

Lua e Sophia sempre se deram bem, se conheceram nos tempos de escola e essa amizade permaneceu desde então, mesmo que estivessem distantes, nada mudava entre elas e era isso o que Sophia mais amava naquela relação.

Quinze minutos andando e estava parada diante do portão de Lua, aguardando para ser atendida. Sorriu ao ver Arthur, namorado da mesma desde os tempos de escola.

— Oi, Arthur! — Disse baixo e forçou um sorriso para parecer simpática.

— Oi, Soph. — Abriu o caminho e apontou pra dentro. Os dois caminharam juntos até dentro de casa e ele apontou na direção do quarto de Lua. — Entra, Lua tá te esperando no quarto dela.

Ela caminhou sozinha pela casa, Arthur ficou na sala com um dos irmãos de Lua, os dois estavam jogando algum jogo de tiro no vídeo game. Acenou com a mão pro rapaz e então passou direto até chegar no quarto de Lua que tinha a porta aberta.

InevitávelWhere stories live. Discover now